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Movimento sindical protesta contra altas taxas de juros

Foi uma manhã de terça-feira de protestos das centrais sindicais contra as altas taxas de juros no Brasil. Caminhada, panfletagem, gritos de desacordo promovidos pelo Movimento Sindical, representado principalmente pelas Centrais Sindicais, em São Paulo e em várias cidades onde há agências do Banco Central. O movimento sindicalista aproveitou a data de início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros, a Selic.

Estratosféricos

Mantida a taxa atual de juros, o Brasil se consolida como o segundo colocado num ranking de países com o maior juro real do mundo. Só fica atrás da Rússia. Isso tem levado a ataques frequentes do governo à condução da política monetária pelo Banco Central do Brasil.

As centrais sindicais lembram que desde que o Banco Central se tornou independente, no governo de Jair Bolsonaro, as taxas de juros no Brasil têm atendido às variações do mercado financeiro, favorecendo os mais ricos e banqueiros.

Criado em 1964, o Banco Central era inicialmente comandado pelo Governo Federal com o propósito de regular, por meio de uma política monetária, a economia brasileira.

Em 2021 o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sancionou a Lei Complementar 179 que deu autonomia ao Banco Central. Se antes a instituição era subordinada ao presidente da República, a partir da lei passou, na prática, a ser subordinado ao mercado, aos mais ricos e aos bancos, mantendo taxas elevadas de juros como política monetária, tornando-se, portanto, parcial em seu posicionamento, já que penaliza a classe trabalhadora e favorece os rentistas (aqueles que ganham dinheiro com investimentos e não com produção) e o sistema financeiro (os bancos). Em outras palavras, transfere recursos da população ao sistema financeiro, promovendo ainda mais desigualdade no país.

A taxa Selic serve como referência para todas as outras taxas de juros do país e vem se mantendo em patamares elevados há quase três anos. O povo brasileiro não suporta mais tanta centralização de recursos.

Nova Central

O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST, Moacyr Auersvald, destacou a importância de todos os trabalhadores se engajarem sempre nestes movimentos. Ele entende que somente com o apoio e com a mobilização social é possível conter os juros.

“É preciso que sociedade, a classe trabalhadora mais prejudicada, esteja junto com a gente nesta luta. O Brasil não pode parar”, enfatizou o presidente da Nova Central.

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