“O requerente, reiteradamente, postava em suas redes sociais vídeos atacando os Poderes da República e o Estado Democrático de Direito, sendo que, em muitas ocasiões portava armas de fogo, praticando tiro ao alvo; além de, ‘didática e criminosamente’ ensinar pessoas a agredir agentes públicos. Em nenhum desses momentos, demonstrou qualquer debilidade física que o impedisse da prática de seus afazeres diários. Tais alegações somente surgiram, coincidentemente, após a decretação de sua prisão preventiva e a notícia do oferecimento da denúncia pela Procuradoria Geral da República”, escreveu Moraes.
Além de considerar que Jefferson gozava de boa saúde antes da prisão por seus ataques a autoridades nas redes sociais, Alexandre de Moraes apontou que o presidente do PTB exercia normalmente sua gestão no partido e realizava “atividade política intensa”.
“Até a data da prisão exercia plenamente a presidência de partido político, realizando atividade política intensa — sem respeitar qualquer isolamento social —, inclusive com diversas visitas em gabinetes em Brasília, distante de sua residência no interior do Estado do Rio de Janeiro; a demonstrar sua aptidão física para viagens de longa distância”.
O ministro também afirmou que Roberto Jefferson segue cometendo crimes mesmo preso, inclusive insuflando a população contra o STF e o Congresso Nacional. Moraes destacou que Jefferson tem incitado esses ataques na manifestação pró-Bolsonaro que ocorrerá em 7 de Setembro.
“Roberto Jefferson, mesmo após ter sua prisão decretada, permanece a praticar condutas criminosas semelhantes às que ensejaram sua custódia preventiva e subsequente oferecimento da denúncia pela Procuradoria-Geral da República; inclusive, continuando a incitar a população para que pratique crimes contras os Poderes da República”, seguiu o ministro, enfatizando que o ex-deputado estimulou “graves agressões a senadores e ministros do Supremo, notadamente nos atos previstos para o próximo feriado nacional de 7/9/2021”.