Hoje pela manhã, durante uma reunião de trabalho da Contratuh, o presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald, apresentou uma série de considerações sobre a dificuldade que o setor sindical está enfrentando no momento, até mesmo dentro do próprio setor, chamando a atenção de todos para a sobrevivência do movimento sindical.
Moacyr historiou os últimos seis anos de dificuldades e lembrou que com a eleição de Lula mudou a situação sindical. Há mais diálogo, segundo comentou. Lembrou que durante a campanha Lula prometia trazer o projeto da Espanha, que significava um “revogaço” de tudo de ruim que os governos Temer e Bolsonaro proporcionaram para o setor.
“Nesses seis anos, eles conseguiram colocar na cabeça do trabalhador que o sindicalismo era o problema. E nós não conseguimos eleger uma bancada trabalhista que fizesse frente a atual BBB, que hoje domina o Congresso: da Bíblia, da Bala e do Boi. E a pior de todas é a que pensa na organização deles e depois nos demais, a outra é da automação para eliminar a resistência e por fim a que foca na escravidão geral do trabalhador.”
Antissindical
Moacyr desabafou que os anseios e vitórias do setor sindical está perdendo para a inoperância, quando o próprio trabalhador está se convencendo que o mais importante não é pagar o sindicato, mas se beneficiar de suas conquistas.
Para ele o jogo de poder é forte e as Centrais viraram um campo de batalha.
“Como o poder corrompe os anseios do ser humano, o importante é resistir. A Nova Central tem feito a sua parte e a Contratuh tem sido um exemplo de administração, presidida pelo Wilson Pereira, quando muitos estão fechando suas portas e vendendo suas sedes para sobreviver.
A luta tem sido de trabalhar contra interesses individuais das três Centrais que se uniram para açambarcar a representação dos trabalhadores brasileiros. Quando vamos às reuniões das Centrais, eles sempre aparecem com as ideias prontas, tratando de aniquilar o desejo das demais.
Moacyr defendeu também a luta pela unicidade sindical e o respeito ao art. 8º da Constituição, pelo custeio das entidades, pelas assembleias soberanas, a discussão do negociado sobre o legislado, a estabilidade do dirigente sindical e o marco regulatório, entre outras questões do setor.
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