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Marcha das Margaridas invade a Esplanada, em Brasília

Cerca de 100 mil mulheres de todo o Brasil, participam hoje 7ª Marcha das Margaridas, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O objetivo é restabelecer o diálogo com o governo Lula sobre os direitos das mulheres do campo, que foi cortado durante o governo Bolsonaro.

Em 2019, quando ocorreu a última edição, em vista do desinteresse do governante, os organizadores apenas registraram suas reivindicações pelas redes sociais.

A Esplanada foi fechada ontem (15), às 23h45 para que as manifestações ocorram pacificamente. A esperança das lideranças da Marcha das Margaridas é que haja avanços, já que na abertura do evento, o governo Lula enviou 13 ministros de Estado ao Pavilhão de Exposições do Parque de Brasília.

“Estaremos reconstruindo o Grupo da Terra no Ministério da Saúde (voltado a elaborar política nacional para camponeses, ribeirinhos, quilombolas), também reforçamos o acolhimento na atenção primária à saúde para o enfrentamento da violência contra mulheres, crianças e adolescentes, além de reconstruir o Comitê de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade durante a recepção do evento.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, confirmou anúncios às reivindicações do evento: “Quando as mulheres marcham, não marcham só por elas. Marcham pelo Brasil, pelos filhos, pela vida, pela dignidade, cidadania e democracia”, destacou.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou os quatro anos “sem políticas públicas para direitos humanos, povos indígenas, agricultores”. E comemorou a volta do funcionamento dos ministérios do Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário, que foram rebaixados a secretarias na gestão de Bolsonaro.

Valorização

A manifestação está no aguardo desde 21 de junho, quando foi enviada a pauta de reivindicações ao governo: “Precisamos, mais do que nunca, valorizar os espaços de poder e decisão. Essa marcha renderá frutos históricos, capazes de transformar as vidas das mulheres”, acredita Mazé Moraes, coordenadora da Marcha e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Ainda na abertura da Marcha das Margaridas, a ministra de Cultura, Margareth Menezes, anunciou que o Senado aprovou a inscrição do nome de Margarida Alves — trabalhadora rural e sindicalista, cujo nome dá origem à Marcha — no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O texto, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), teve a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e foi aprovado por 39 votos a 25. No Livro estão gravados nomes de brasileiros ilustres e que representam a diversidade social do país, como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Santos Dumont.

Fontes: Agência Brasil e Correio Braziliense e foto Ed Alves.

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