O presidente Lula trouxe uma reflexão dura, mas necessária: o sindicalismo vive hoje um estágio muito triste. Não se trata de desmerecer a trajetória das entidades ou dos trabalhadores organizados, mas de lembrar que a força transformadora que marcou os anos 1970 e 1980 não pode se perder.
O puxão de orelha é válido. Quem já esteve na linha de frente das greves e mobilizações sabe que conquistas não caem do céu — elas exigem coragem, unidade e capacidade de indignação. Lula, que foi um dos maiores líderes sindicais da história do Brasil, fala com autoridade quando cobra mais protagonismo dos trabalhadores.
Vale destacar que essa fala foi proferida dia 11 de dezembro, na abertura da Caravana Federativa em Belo Horizonte (MG). O contexto reforça o peso da mensagem: diante de gestores e lideranças políticas, Lula resgatou sua própria experiência sindical para cobrar energia e mobilização no presente.
O sindicalismo não é apenas memória; ele precisa ser presente e futuro. Num país que ainda convive com desigualdades gritantes, salários insuficientes e condições de vida precárias, é fundamental que sindicatos retomem sua centralidade como voz ativa da classe trabalhadora.
Mais do que uma crítica, a fala do presidente é um chamado: “é hora de recuperar o direito à indignação e transformar essa energia em mobilização.”
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