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Lula começa a dar nomes ao ministério

Lula começou a anunciar sua equipe de governo na manhã desta sexta-feira, três dias antes da diplomação oficial que o garantirá como presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. É maneira de começar a tranquilizar ou não o mercado, que vinha cobrando as primeiras indicações do novo presidente.

  • Fernando Haddad (PT) na Fazenda, que será recriada. A área econômica deve ser completada no início da semana, com os novos ministros do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior.
  • Rui Costa (PT), governador da Bahia, na Casa Civil.
  • José Múcio, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), considerado excelente articulador, na Defesa.
  • Flávio Dino (PSB-MA), senador eleito (PSB) e ex-governador do Maranhão, na Justiça, desmembrada da Segurança Pública.
  • Mauro Vieira, embaixador, será o ministro das Relações Exteriores.

Polícia Federal

O futuro ministro Flávio Dino antecipou também que o novo diretor-geral da Polícia Federal será Andrei Rodrigues. “Levamos em conta a necessidade da restauração da plena autoridade e da legalidade nas polícias”, disse. Dino disse que Rodrigues tem experiência comprovada, inclusive com atuação na Amazônia, que será estratégica para o futuro governo.

Ministério do Trabalho e Previdência

Há na classe trabalhadora e sindicalista uma grande expectativa em torno do nome do futuro ministro do Trabalho e da Previdência Social. Apesar de já surgirem algumas especulações quanto a prováveis candidatos, até agora não houve oficialmente nada que possa garantir a escolha.

O Gabinete de Transição, tem 31 grupos temáticos correspondentes à estrutura ministerial do novo governo. Esses grupos devem entregar neste domingo seus relatórios, O que corresponde a reivindicações de cada uma das áreas. Há uma grande esperança que os estudos realizados até aqui sejam contemplados e um nome de consenso do setor venha participar da formação do novo ministério.

Recentemente o vice-presidente da Contratuh, Moacyr Auersvald, que integra o grupo da transição, como atual presidente da Nova Central, comentou que em cada novo ministério do governo haverá uma representação sindical, o que por si só já garante uma enorme atenção à classe trabalhadora.

E a semana começa com agenda política movimentada. Na Câmara dos Deputados, o futuro governo acompanha atentamente a tramitação da PEC da Transição. A PEC 32, ou PEC do Bolsa Família, foi aprovada em dois turnos pelo Senado e precisa passar pelo mesmo processo na Câmara, onde requer 308 votos. As negociações continuam.

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