A pesquisa usou como base 18.855 entrevistas, com dados coletados desde abril de 2020 até hoje, em sete ondas. Somente nesta última etapa, foram 1.460 jovens ouvidos.
Os primeiros resultados mostraram que houve um aumento de 6 pontos percentuais em comparação com a etapa anterior da pesquisa, em abril, na taxa de trabalhadores de 15 a 24 anos no regime presencial. No início da pandemia, em abril de 2020, esse índice era de 11%.
Nesta última fase, os pesquisadores mostraram que esse percentual segue a faixa de renda familiar. O grupo de jovens cuja renda familiar é de apenas 1 salário mínimo tem percentual de pessoas em regime presencial de 56%. Entre os que a renda é maior, essa taxa cai exponencialmente de acordo com o salário.
Para jovens cuja renda familiar é de até 1 salário mínimo, o percentual de entrevistados que atualmente vai fisicamente ao trabalho é de 55% dos jovens; entre dois e três, 52% e entre três e quatro, 45%. Já os grupos com maior renda, o percentual é ainda menor: 39% entre jovens cuja renda familiar é entre quatro e cinco salários mínimos e 40% entre aqueles que têm renda familiar acima de cinco salários mínimos.
Já para o home-office, o inverso ocorre. Somente 18% dos jovens com famílias que recebem até um salário mínimo trabalham de casa, enquanto 42% dos que a família recebe mais de cinco salários mínimos estão no trabalho à distância.
Em comparação estadual, São Paulo ganha como o estado com a maior parcela de jovens trabalhando remotamente, com um total de 29%, ante 15% de Minas Gerais e 16% de Pernambuco.
A volta ao trabalho, entretanto, causa muita preocupação. Ao menos 95% dizem que se preocupam que amigos ou familiares peguem a doença; 89% têm medo de ficar doente; 89% temem os impactos na economia do país; e 88% temem perder o emprego ou a fonte de renda.
Sobre as medidas de proteção, 98% dizem usar máscara, 97% usam álcool em gel e 93% lavam as mãos frequentemente.
Fonte: Metropoles