Há pouco mais de três décadas nossa comunicação se limitava ao rádio, a tv, jornais, telefone e telégrafo. Muitos nem tinham a eficiência, rapidez e a prática que vemos hoje. Nos nossos dias a internet se tornou uma ferramenta indispensável para a comunicação das pessoas e até nos negócios, dando alternativas para a comunicação, pesquisa e desenvolvimento.
Mas quando ela não é usada com precisão e responsabilidade, pode ser nociva, principalmente quando pensamos em fake news e a divulgação desenfreada de inverdades e manifestações nem sempre necessárias.
Na política se tornou uma praga. No relacionamento pessoal ao invés de aproximar, está distanciando as pessoas, difundindo ódio e proporcionando oportunidade para os crimes generalizados.
E na nossa atividade sindical? Funciona bem ou não passa de mais um instrumento de utilidade duvidável e ineficiente?
O uso inadequado da internet leva à perda de produtividade e se torna mais um ambiente de fuxicos e badalações, quando poderia estar contribuindo para o desenvolvimento das entidades. O acesso sistemático às redes sociais, streaming de vídeos e outros sites não atinentes ao setor, pode destoar e até prejudicar pessoas.
Mesmo nas redes restritas a diretores ou entidades, a internet pode expor a representação a riscos de segurança e quando não, se torna um ambiente de ineficiência e absolutamente desnecessário. O download de arquivos suspeitos, a visita a sites maliciosos e a abertura de e-mails não verificados, podem resultar em infecções por malware e roubo de dados sensíveis.
Se as chefias admitem o mau uso da internet por parte dos subordinados, corremos o risco de comprometer a reputação da entidade. Comentários impróprios em redes sociais, vazamento de informações confidenciais e o uso indevido do nome da entidade, podem comprometer a imagem corporativa.
Pode parecer impossível, mas os envolvidos incorrem questões de responsabilidade legal devido ao mau uso da internet por prática descuidada. Uma piada boba, uma postagem humorada de mau gosto, muitas vezes resultam em assédio online, difamação e violação de direitos autorais.
O uso de aplicativos de streaming, jogos online e vídeos pesados consomem largura de banda significativa, o que pode diminuir a velocidade da rede corporativa, aumentar custos e prejudicar as operações.
Hoje já não podemos imaginar nossa vida sem a internet, mas devemos ser responsáveis e cuidadosos no uso da rede.
Precisamos implementar políticas de uso restritivo que estabeleçam claramente o que é permitido e o que é proibido na atividade que nos interessa.
É muito fácil identificar e monitorar comportamentos e atividades não convenientes. Mas temos que primar pelo bom uso, sem ferramentas de segurança da informação, que podem ser constrangedoras. Melhor é respeitar o espaço e os limites da instituição e da navegação.
Seria desnecessário e custoso executar treinamentos alertando para os riscos pelo mau uso da internet e sobre as políticas da Confederação ou suas filiadas. Basta a conscientização de todos para haver um ambiente seguro.
A difusão interna de conteúdos liberais das redes sociais é outra questão a ser mensurada pela consciência de cada um. Nem tudo que circula pela Internet é digna de nossa reprodução e nem tudo contribui para a boa reputação, nos nossos limites.
É importante ressaltar que não devemos permitir ou contribuir para o mau uso da Internet. Ela pode prejudicar nossas atividades, mesmo que não haja a menor intenção dos envolvidos.
As ameaças são diversas e a insegurança pode nos causar descrédito e desinteresse por uma ferramenta tão útil e necessária.
Precisamos mitigar esses riscos e criar um ambiente de convívio mais seguro, principalmente útil e produtivo.
É crucial que estejamos cientes dos desafios associados ao mau uso da internet através de comportamentos proativos para proteger os interesses e sua reputação neste mundo digital em constante evolução.
- Osni Gomes é jornalista há 50 anos e assessor de imprensa da Contratuh
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