O salário mínimo, previsto na Constituição Federal, necessário para alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência medido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) é 5,2 vezes maior do que vigente hoje no Brasil, de R$ 1.212,00.
O mínimo necessário, em agosto, era de R$ 6.298,91, e passou a ser de R$ 6.306,97 em setembro. É a primeira alta no salário mínimo necessário desde abril deste ano, quando o Brasil estava no pior momento inflacionário em 2022.
Nos últimos 12 meses, a cesta básica teve seu custo muito elevado na maioria das capitais brasileiras, considerando o atual salário mínimo do governo Bolsonaro.
As regiões Norte e Nordeste foram as que mais sofreram no último ano com os aumentos da cesta básica, que ficou quase 20% mais cara do que era há exatamente um ano.
Isso mostra que, mesmo com uma melhora da inflação, o custo da cesta básica é alto, representando uma situação bastante grave para o bolso do trabalhador brasileiro.
“A tentativa do governo de baixar o preço dos combustíveis via redução do ICMS é mais uma mostra de que os mais pobres, que em muitos casos não recebem nem o salário mínimo, são prejudicados para que seja alcançado o objetivo final”. É o que explicam os economistas André Campedelli e Deborah Magagna, do ICL.
A redução do ICMS dos combustíveis, energia elétrica, transportes e comunicação, além de ser ineficaz no preço da cesta básica, traz prejuízos econômicos a estados e municípios.