Depois de cinco dias, as paralisações de pilotos, copilotos e comissários de bordo chegaram ao fim. Houve um entendimento com os patrões para um aumento de 6,97% à categoria e a greve foi encerradas.
Foram atingidos, principalmente, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo; Viracopos, em Campinas; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Confins, em Belo Horizonte; Juscelino Kubitschek, em Brasília; Salgado Filho, em Porto Alegre; e Pinto Martins, em Fortaleza.
Esta foi considerada a mais longa de todas as manifestações das categorias nos últimos 30 anos e a paralisação terminou exatamente no domingo passado, dia de Natal.
A proposta, que prevê reajuste de 6,97% de salários e benefícios, foi aceita por 70% da categoria, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
Aceite
Cerca de 5,8 mil aeronautas votaram e aceitaram a terceira proposta das companhias aéreas, segundo o SNA. Além do reajuste salarial, a categoria aceitou diária nacional de R$ 94,96 e vale-alimentação de R$ 495,50, com teto de R$ 5.989,87. O reajuste não vale para diárias internacionais.
Presidente do SNA, Henrique Kacklaende agradeceu quem participou da paralisação. “Foram cinco dias de greve diárias de duas horas. Muita gente se mobilizando, muitos voos parados e muita batalha”, disse.
Para a diretora de Administração e Finanças do SNA, Lília Cavalcanti, a proposta aceita “pode não parecer o melhor dos mundos”, mas “traz uma evolução”.
“A luta continua, os problemas continuam, o trabalho continua. Há várias melhorias que precisam ser feitas, mas o momento agora é de agradecimento”, afirmou.
Os aeronautas haviam cruzado os braços por duas horas, das 6h às 8h, entre segunda (19/12) e sexta-feira (23/12). Suspensa no fim de semana para votação, a greve durou um total de cinco dias e provocou atrasos e cancelamentos de voos em aeroportos de todo o país.
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