A bagunça orçamentária do final de governo Bolsonaro chega ao Ministério do Trabalho e Previdência. A pasta tinha um orçamento de R$ 225 milhões, mas fecha o ano com apenas R$ 14 milhões. Isso põe em risco o funcionamento de agências de atendimento aos cidadãos.
As operações de fiscalizações trabalhistas e até de combate ao trabalho escravo podem paralisar. O corte de R$ 211 milhões é desdobramento do bloqueio de R$ 5,7 bilhões no orçamento de 2022 anunciado pelo governo na semana passada.
Além de Trabalho e Previdência, o corte atinge ainda as áreas da Educação e da Saúde. O governo alega que precisa passar a tesoura em “despesas não obrigatórias” para cumprir o teto de gastos até o final do ano. Mas com R$ 366 milhões retirados do orçamento de universidades e institutos federais de ensino técnico e tecnológico, faltarão recursos pagar contas básicas, como água, luz e pessoal. Os cortes na Educação podem chegar a R$ 1,7 bilhão, informa a CNN.
Contas que não fecham
Conforme o Ministério da Economia, o “contingenciamento” se deve a despesas extras de R$ 2,3 bilhões da Previdência Social – consideradas obrigatórias. E também à determinação de que R$ 3,8 bilhões de benefícios para o setor cultural sejam pagos ainda este ano.
Fonte: Rede Brasil Atual