Depois de omitir o nome da Nova Central Sindical do Trabalhador entre as representações que integram o Grupo de Trabalho Interministerial para elaboração da proposta das relações de trabalho e valorização da negociação coletiva, o governo publicou hoje uma retificação.
Na primeira publicação, que circulou no fim da semana passada o nome da NCST não constava. A omissão indignou a diretoria nacional, as estaduais e os mais de 1.300 sindicatos filiados à Nova Central. Os dirigentes sindicais expediram então um o documento considerando um ato vergonhoso para o governo.
O presidente interino da Nova Central, Moacyr Auersvald considerou esse um “erro grosseiro”. E na sexta-feira (7), feriado da sexta-feira santa, já pediu a reparação do decreto. “Queremos acreditar que isso não foi de má fé, que não tenha sido intencional, nos esforçamos para esse entendimento. Mas, é fato que o primeiro decreto demonstrou uma total ignorância da estrutura sindical. Não só por nos excluir, mas por ignorar as confederações representadas pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST). Enfim, nos incluíram, repararam parte do erro, porém continua unilateral. Vamos continuar lutando para inclusão do sistema confederativo”, enfatizou Moacyr.
Nos ofícios enviados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a NCST, ao pedir a retificação do grosseiro erro material, destacou sua posição como uma das Centrais representantes dos Trabalhadores e considerou absurda a inclusão de uma entidade inativa.
O documento diz taxativamente: “É de conhecimento que a Nova Central é uma das 6 Centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, diante disso, fácil notar que a inclusão da Confederação Geral dos Trabalhadores – CGT (INATIVA/INAPTA) e a não inclusão da NCST se passou apenas de erro material que deverá ser retificado urgentemente.
A urgência se faz necessária em razão dos graves impactos que o grosseiro erro ocasionou dentro do movimento sindical brasileiro, uma vez que é de se estranhar a não inclusão de uma Central reconhecida e a inclusão de uma Central que sequer existe mais”.
Coube então ao presidente em exercício Geraldo Alckmin reparar o erro. No entanto, os trabalhadores ficam vigilantes quanto as questões na estrutura sindical. “Sabemos que as divergências internas são muitas, mas não é o momento de focarmos nisso. Temos pautas bem mais importantes no momento. Assim espero que a nossa posição seja sempre respeitada para que possamos continuar a nossa luta pelo que realmente importa: o bem da classe trabalhadora no Brasil”, destacou Auersvald.
Fonte: Ascom Nova Central