O diretor secretário da Contratuh, diretor presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas – FENATIBREF, diretor presidente do Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Minas Gerais – SINTIBREF-MG e secretário geral da Contratuh, Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho, foi o primeiro dos palestrantes do XVIII Seminário Viver Mulher, falando do “Fortalecimento da autoestima”.
Geraldo fundamentou o seu discurso destacando que o autoconhecimento e o empoderamento geram motivação. E trouxe consigo um texto bíblico de Mateus (28.06), destacando que duas mulheres constataram: “Ele não está aqui, ressuscitou (Mt 28.06)”. Lembrou que todos estamos neste mundo através da concepção de uma mulher e por isso ela é respeitada ao carregar no seu ventre uma nova vida.
Compreender e entender o papel da mulher, é importantíssimo. “Vejam que quem fez a negação da presença do corpo de Cristo foi Tomé, um homem. Não foi uma mulher! E espiritualmente esse é um recado para nós sobre esta situação.”
Ele enalteceu o papel da mulher e frisou que “a parte mais bonita é aquela que mora dentro de cada uma delas”, muito embora os homens, educados num processo machista.
Nos últimos anos houve uma mudança radical neste processo e família que mais se forma hoje é a monoparental feminina, onde a mãe vive sem cônjuge e com filhos dependentes, passando para a mulher o papel de mãe e pai.
Neste aspecto ele argumenta que “o meu amor-próprio não precisa de razão, apenas acolhimento. Eu aceito minhas imperfeições, pois são elas que fazem de mim quem sou”. É em casa que a mulher vai enxergar que vai acolher você. É onde vai encarar suas crises, procurar os espaços e provocar as mudanças necessárias, entendendo que o pragmatismo não pode ser o que te aprisiona e te cega. É nesta hora que faz com que vocês cresçam, pois são guerreiras.
No Brasil nunca se avaliou o investimento que existe quando uma mãe dá à luz um filho e patrocina a educação dele até o momento em que se torna adulto. Qual é o custo de um filho que foi abandonado pelo pai e passou a ser dependente, pelas consequências, da sua mãe?
Qual é custo que o Estado tem para fazer a recuperação de um drogadito? E quanto a mulher educa no lar, qual é o custo? Isso não tem valor? É isso?
Mulher não trabalha! Fica em casa!
Como é que é isso? Mulher que fica em casa não trabalha não? E vocês que trabalham fora, como é? Quando chegam em casa o marido já fez janta e está tudo em ordem! A criança chorou ele dá mamadeira?
Essas várias jornadas que a mulher exerce, faz dela uma escrava, ainda que natural, exige uma provocação séria, pois a junção de tantas tarefas árduas encontra um companheiro à altura? Quando não, a mulher está sujeita a perda da saúde mental!
Há pontos importantes no processo de mudança, como a auto aceitação, valorização de si mesma, cuidados com a própria beleza. Por tudo isso é preciso mudar. Não mudar é fatal.
E aconselha o discernimento, tornando-se mulher valente, se autoconhecendo, assumindo a jornada, levando a própria história e a experiência.
Mas é preciso sonhar alto, identificando os próprios talentos, habilidades e paixões, inclinando-se a se abrir para a mudança, criando um planejamento de vida.
O interessante é que quando se chega a uma determinada idade, quer pela astúcia ou por amor próprio, aquilo que mais desejamos está exatamente no que fingimos não desejar.