A aprovação da PEC que põe fim à escala 6×1 e estabelece a jornada de 36 horas semanais representa um marco histórico para os trabalhadores brasileiros. Não se trata apenas de uma mudança na legislação trabalhista, mas de uma conquista civilizatória que coloca o bem-estar humano acima da lógica exaustiva da produção.
A escala 6×1 é sinônimo de desgaste físico e mental. Ela compromete a saúde, aumenta os riscos de acidentes e rouba do trabalhador o direito ao convívio familiar, ao lazer e ao descanso adequado. É um modelo ultrapassado, que já demonstrou seus efeitos nocivos e que não condiz com a realidade de um país que busca desenvolvimento sustentável e justiça social.
Reduzir a jornada para 36 horas semanais, sem perda salarial, é investir na qualidade de vida, na produtividade e na economia. Trabalhadores descansados produzem melhor, erram menos e adoecem menos. Empresas ganham em eficiência, e a sociedade ganha em equilíbrio. Trata-se de uma medida que beneficia não apenas quem trabalha, mas também quem contrata e quem consome.
Por isso, é hora dos sindicalistas e trabalhadores em geral exigirem a aprovação definitiva dos deputados e senadores. Não podemos permitir que interesses econômicos atrasem uma conquista que já foi reconhecida como necessária no Senado. A pressão popular é fundamental para que a Câmara também cumpra seu papel e coloque o Brasil em sintonia com práticas trabalhistas mais humanas e modernas.
A luta pelo fim da escala 6×1 é a luta por dignidade. É a afirmação de que o trabalho deve servir à vida, e não o contrário. Cabe agora à classe trabalhadora se unir, mobilizar e garantir que essa vitória seja consolidada.
Wilson Pereira, presidente da Contratuh, declarou: “Chega de jornadas desumanas! O fim da escala 6×1 e a redução da jornada para 36 horas semanais não são apenas uma pauta sindical, mas uma exigência da sociedade brasileira. É hora de colocar o trabalhador no centro das decisões, garantindo saúde, dignidade e tempo para viver. Deputados e senadores precisam ouvir a voz das ruas e aprovar definitivamente esta conquista. Não aceitaremos retrocessos: o Brasil exige vida além do trabalho!”
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