Cerca de 200 dirigentes sindicais de 51 entidades do Rio Grande do Sul, participaram do Seminário Estadual “Fortalecimento da Organização Sindical e Negociação Coletiva & Luta pelo Fim do Trabalho Análogo à Escravidão” realizado pela CTB RS dia 1 de março.
O principal tema foi a necessidade da reconstrução e do fortalecimento do movimento sindical no Brasil, tema que vem sendo tratado em nível federal por uma comissão que analisa mudanças na legislação.
Para o assessor jurídico CTB Nacional, Dr. Magnus Farkatt, após a reforma trabalhista houve um acentuado enfraquecimento do movimento sindical. “Que momento poderia ser mais favorável do que este no qual temos um Presidente da República eleito com apoio dos trabalhadores?”.
Farkatt destacou que “nem tudo o que vem do Estado é bom”. E é preciso aprofundar a autonomia e a relação do sindicalismo com o Estado encontrar a melhor legislação possível.
O desembargador do TRT-4, Luiz Alberto de Vargas, defendeu a Lei e necessidade de regulação que assegure o funcionamento da sociedade e o desenvolvimento do país, haja vista que o trabalho é fundamental para o projeto nacional. E o funcionamento dos sindicatos faz parte do contexto.
Sobre a sustentação das entidades, o desembargador citou que é uma necessidade óbvia. “Assim como as empresas, os partidos, os sindicatos precisam de dinheiro para funcionar, e isso precisa estar assegurado nas Convenções Coletivas e na Lei”.
O presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, frisou que o fortalecimento do movimento sindical é fator relevante para a democracia e para o desenvolvimento. Para ele a unicidade sindical e a sustentabilidade são fundamentais. “Precisamos construir propostas que tratem do fortalecimento da negociação coletiva e da retomada de diretos que foram retirados pela reforma trabalhista. Toda essa pauta precisa avançar logo e não está dissociada do projeto de desenvolvimento que o Brasil precisa”, destacou.
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