Carmem Lúcia lamentou o pequeno número de mulheres eleitas no primeiro turno
O número de mulheres eleitas no pleito de 2024 foi 3% a mais do que em 2020, aponta o jornal O Globo, do Rio de Janeiro. Dos 5.454 vencedores no domingo, apenas 15,4% são do sexo feminino. Em 2020, foram 12%. Nas capitais, sete foram para o segundo turno, uma a mais do que há quatro anos.
Como em 2020, nenhuma capital elegeu uma mulher no primeiro turno. No entanto, já há uma prefeitura que será comandada por uma prefeita: em Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP) disputará a reeleição contra Rose Modesto (União). Atualmente, só a capital sul-mato-grossense e Palmas são governadas por mulheres.
Roraima foi o Estado que, proporcionalmente, teve mais mulheres eleitas: 26% dos municípios terão prefeitas. Ele é seguido por Rio Grande do Norte (25%), que também é governado por uma mulher, e Paraíba, com 24%. Já o Espírito Santo tem apenas duas eleitas em 76 municípios, o que representa apenas 2% do estado, a menor proporção do país.
No Rio, 13 mulheres venceram as eleições. Isso corresponde 15% do estado. E, em São Paulo, foram 67 vitoriosas, o que significa apenas 10,9% dos municípios.
As candidatas nas capitais que passaram para o segundo turno em 2024:
Emilia Corrêa (PL) – Aracaju
Adriane Lopes (PP) – Campo Grande
Rose Modesto (União) – Campo Grande
Cristina Graeml (PMB) – Curitiba
Natália Bonavides (PT) – Natal
Janad Valcari (PL) – Palmas
Maria do Rosário (PT) – Porto Alegre
As candidatas nas capitais que passaram para o segundo turno em 2020:
Delegada Danielle (Cidadania) – Aracaju
Cinthia Ribeiro (PSDB) – Palmas
Manuela D’Ávila (PCdoB) – Rio Grande do Sul
Cristiane Lopes (PP) – Porto Velho
Marília Arraes (PT) – Recife
Socorro Neri (PSB) – Rio Branco
No Paraná também há uma disputa inédita de segundo turno na cidade de Ponta Grossa, onde estarão frente à frente duas mulheres: a atual prefeita Elizabeth Schimidt (União) e a deputada estadual Mabel Canto (PSDB)
As eleições municipais de 2024 concentram o maior número proporcional de candidaturas femininas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As mulheres representam 34,7% de candidaturas femininas registradas no TSE. Ao todo, foram 156.519 candidatas.
O levantamento feito pelo jornal O Globo considera a série histórica desde 2000, quando os dados por gênero começaram a ser compilados pela Justiça Eleitoral.