A diretora de assuntos previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH), Vera Lêda Ferreira de Morais, participou nesta quarta-feira (13/02), junto à lideranças do PCdoB, PDT, PSB e diversas entidades, de reunião na Câmara dos Deputados, que teve por objetivo unir forças e antecipar uma série de mobilizações em defesa da aposentadoria e garantias da Previdência Social.
O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, informou à imprensa nesta semana que a proposta de reforma já está finalizada e que deve ser analisada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos próximos dias. Mesmo sendo tratada como prioridade pelo atual governo, o texto deverá seguir pelo trâmite habitual e irá para uma comissão especial, onde haverá audiências públicas para discussão de relatório e só depois desta análise no colegiado o projeto seguirá para o Plenário.
Vera Lêda, representante da CONTRATUH e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), afirmou que não é a primeira vez que sugerem mudanças nas regras da aposentaria para equilibrar as contas públicas e consolidar a recuperação econômica do país. “Quantas reformas da previdência nós vamos precisar? Antigamente nós tínhamos uma aposentadoria máxima que era no valor de 20 salários mínimos, depois diminuíram para 10. Ainda veio o fator previdenciário, a regra 85/95. A todo momento essa previdência é a responsável pela quebradeira do país. A finalidade primordial das mudanças nas condições para se aposentar é jogar a previdência social no colo dos banqueiros”, destacou.
A sindicalista defendeu ainda que, ao invés de mexer na aposentaria dos trabalhadores – com regras que prejudicam principalmente mulheres e pensionistas, o governo deveria ser mais rígido com os grandes devedores da previdência. “Nosso posicionamento é de que o governo deveria buscar cobrar dos sonegadores, fazer uma reforma tributária, cobrar também a dívida que o estado tem, a dívida ativa da união com a previdência. Cortar subsídios de créditos, renúncias fiscais, enfim, o governo precisa cobrar os maiores devedores da União e não colocar o trabalhador para pagar a conta”, finalizou.
Participaram também do encontro representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre outros.
Assessoria de comunicação – CONTRATUH