A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH), realizou nesta terça feira (22), a XVIª edição do Seminário Nacional Viver Mulher, que ocorreu de forma totalmente on-line e contou com um grande número de participante das entidades sindicais ligadas a Confederação. Nesse ano, o evento contou com três palestras: Violência Patrimonial, Desafios da Mulher na Política e Assédio Virtual, e em todos os temas, as mulheres tiveram espaço para poder tirar suas dúvidas e interagir com as palestrantes.
Na abertura do evento, participaram o presidente da CONTRATUH, Wilson Pereira, a diretora da Mulher da CONTRATUH, Maria dos Anjos Hellmeister, a Diretora de Assuntos da Mulher da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Sônia Zerino, a Diretora de Assuntos Previdenciários, Vera Leda e a Diretora da Infância, Adolescência, Juventude e Gênero, Jéssica Marques.
O presidente Wilson Pereira, agradeceu a maciça participação das mulheres e homes que prestigiaram o evento. “Quero aqui agradecer a todas e a todos pela presença e dizer que é uma honra para a Confederação poder realizar mais um evento onde se discute a presença e diretos das mulheres em assuntos relevantes no seu dia a dia e questões nacionais, e poder proporcionar a todas cada vez mais conhecimento. O Viver Mulher é uma joia rara da nossa confederação, um trabalho que fazemos anualmente para que as mulheres sejam respeitadas e tenham o seu direito garantido perante a sociedade”, afirmou Pereira.
Já a diretora Jéssica Marques, que fez a mediação do evento, falou sobre as palestras e participações das filiadas a CONTRATUH no evento. “Nosso evento trouxe temas inovadores e relevantes, e as excelentes palestrantes, com muito conteúdo, técnica e empatia, conseguiram informar e formar nossas mulheres, não só para elas, mas também, para que sejam multiplicadoras. Nossas participantes também contribuíram muito com perguntas e depoimentos reais de suas vivências, o que enriqueceu demais nosso compartilhamento. Foi uma honra mediar todas as palestras e aprender mais uma vez com nosso Viver mulher”, afirmou ela.
Maria dos Anjos Hellmeister também agradeceu as palestrantes pelo conteúdo ministrado e destacou a grande presença de participantes no evento. “As palestras foram selecionadas através de criteriosa decisão em nossas reuniões, e o resultado veio como esperado, tivemos três excelentes palestrantes que nos repassaram um conhecimento amplo e eficaz sobre os temas debatidos. Gostaria de agradecer também a todas as mulheres que estiveram presentes em mais um viver mulher, evento pelo qual nos dedicamos para fazer o melhor possível sempre, obrigada”, disse Hellmeister.
A primeira palestra do evento foi sobre a Violência Patrimonial, ministrada pela Dra. Lazara Carvalho, advogada especializada em direito de família. Lazara iniciou falando sobre a lei 11340/06, que reconhece diversos tipos de violência no âmbito patrimonial da mulher. Também discorreu sobre alguns acontecimentos que mexem com a realidade vivida pela mulher e que se encaixam no tema, como destruição de objetos e materiais de trabalho, a exigência excessiva de trabalho no ambiente doméstico, impedir a mulher de trabalhar fora, dentre outros.
A segunda palestrante do dia, doutora Elizabeth Russo, que é advogada, trouxe a pauta os desafios da mulher na política, trazendo uma conexão entre as dificuldades e o preconceito que a mulher sofre tanto no trabalho como no ambiente político. Citou as dificuldades e os fatores que atrapalham o crescimento das mulheres na política, sejam os limitadores dentro do partido como financiamento de campanhas e o próprio desempenho legislativo.
Por último a doutora Raphaela Santana Batista, que é mestre em direito, discorreu sobre o assédio virtual. Um dos casos mais comuns vem através das redes sociais, quando se compartilham fotos íntimas e mensagens que contenham conotação sexual sem autorização da outra pessoa. Falou ainda que é comum os casos de difusão de boatos e rumores inexistentes sobre a honra de terceiros. Raphaela deu dicas de como identificar uma abordagem abusiva e como denunciar o autor as autoridades competentes.