O jornal O Globo, hoje, trouxe uma matéria onde destaca uma possível revisão, pelo governo de Lula, à reforma trabalhista aprovada por Temer e ampliada por Bolsonaro. Fato é que os trabalhadores foram duramente castigados nas ações com perdas substanciais em suas conquistas históricas.
No texto do diário carioca, fala-se numa revisão do trabalho intermitente, que passaria a vigorar em setores específicos como o do turismo. Lula não vai propor revogação de todas as mudanças trabalhistas, como chegou a ser defendido no passado pelo partido, mas reanalisará três pontos fundamentais: o regime de trabalho intermitente, limitando-o a setores específicos, como o de turismo e eventos; restabelecer o instituto ultratividade das convenções coletivas de trabalho, possibilitando que as normas coletivas previstas nos acordos e convenções coletivas sejam prorrogados até a celebração de uma nova norma coletiva; e o disposto que permitiu que o acordo coletivo de trabalho entre empregador e empregado, sem o aval do sindicato. Com o objetivo de fortalecer as negociações coletivas, ao resgatar a necessidade da participação do sindicato laboral.
Para o presidente da Contratuh, Wilson Pereira, a revisão da reforma trabalhista não pode criar condições diferenciadas para alguns setores, como foi anunciado no jornal. “Se o governo pretende rever o regime de trabalho intermitente, promovendo diferenciação para determinados setores, não podemos concordar, pois entendemos que o Contrato Intermitente é uma forma de precarização dos direitos trabalhistas”.
E disse mais: “Como está é muito ruim, mas não esperamos que este governo diferencie as classes trabalhadoras. Lula não pode pretender manter o trabalho intermitente para o setor de turismo, buffets e também em shows”, ressaltou Wilson, analisando o que publica o jornal.