Está na hora dos nossos dirigentes sindicais e das federações se preocuparem mais com a divulgação de suas ações, levando ao conhecimento do trabalhador tudo aquilo que fazem e que como contribuem para que a classe seja melhor remunerada e mais reconhecida pelo setor patronal.

Temos espaços suficientes para que esta mensagem chegue até o trabalhador, através da Internet, através dos órgãos de comunicação e diretamente nos nossos sites, grupos de WhatsApp e redes sociais em geral.

A manifestação das nossas lideranças também precisa se fazer ouvir, não apenas em reuniões da classe e diretoria, mas através dos meios de comunicação, defendendo teses, citando exemplos vividos e até discordando de ações que venham a ser tomadas. Mas para isso é preciso que cada um dos presidentes, dirigentes e trabalhadores sindicalizados manifestem seus pensamentos de maneira ordeira, disciplinada e que sirva de exemplo para todos nós.

Artigos com assinatura de nossas lideranças precisam ecoar para todos os integrantes de nossos sindicatos, federações e entidades representativas. Esta é a voz de uma categoria que não pode se recolher em concha na sua atividade isolada, como que se fazendo dono de um espaço. É preciso que suas ideias ecoem e estimulem outras lideranças. Só assim teremos um sindicalismo forte e creditado.

Nossa postura de quietude e simples esperança que as representações políticas se manifestem não têm sido suficientes. É preciso cobrá-las, fustiga-las, mas com elegância, respeito e principalmente responsabilidade, o que garantirá a razão tão necessária para externarmos nossas queixas por direitos e pela consagração de nossas conquistas.

Foi pela nossa passividade dos últimos anos que vimos escoar pelos nossos dedos nossas conquistas históricas. Sindicalismo quieto e cordato não dá resultado. Enquanto do lado de lá nos depreciam, nossa força de união calada, se torna conivente. É hora de reagir, mostrando o muito que fazemos e o trabalho que temos na representação de tanta gente. Junto somos fortes, mas calados e passivos não vamos a lugar nenhum.

• Wilson Pereira é presidente da CONTRATUH

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