O mercado de trabalho brasileiro registrou um desempenho acima das projeções em setembro, com a criação de 213.002 vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O saldo positivo resulta de 2.292.492 admissões contra 2.079.490 desligamentos no período. De acordo com o ministro Luiz Marinho, o número superou as estimativas do mercado financeiro, que projetavam cerca de 170 mil novos postos. A agência Reuters, por exemplo, previa uma criação líquida de 180.750 vagas.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o país gerou 1.716.600 empregos com carteira assinada — uma queda em relação aos 1.995.164 registrados no mesmo intervalo do ano anterior. “Setembro é sempre um mês de expectativa positiva”, destacou o ministro, lembrando que, em 2024, o saldo foi ainda maior: 252.237 vagas.
Serviços lideram
O setor de Serviços manteve a liderança na geração de empregos, com 106.606 novas vagas, seguido pela Indústria, que criou 43.095 postos. O Comércio também teve participação expressiva, com 36.280 vagas abertas, enquanto a Construção Civil contribuiu com 23.855. A Agropecuária, por sua vez, teve o menor desempenho, com 3.167 novos empregos.
Salário médio em queda
Apesar do avanço na criação de postos formais, o salário médio de admissão apresentou leve retração. Em setembro de 2025, a remuneração média foi de R$ 2.286,34 — R$ 20,60 abaixo do valor registrado no mês anterior. Ainda assim, o montante supera os R$ 2.268,99 observados em setembro de 2024.
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