Soa como uma ironia, mas as pesquisas apontam que invariavelmente o Brasil está ficando envelhecido cada vez mais. Hoje 13% da população brasileira tem 60 anos ou mais. Em 2050, a previsão é de que a proporção de idosos já chegue a 30%, atingindo patamares iguais ao da França, Inglaterra e Canadá, apontava o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2015.
E nesta caminhada, é indispensável um novo olhar dentro do país, já que o Brasil precisa encarar o papel das pessoas com mais de 60 anos. A questão é saber se estamos prontos para ter qualidade de vida e assumir a velhice que vai nos atingindo todos os dias. Afinal é uma situação natural.
Aí entra a ideia desenvolvida pela Nova Central de São Paulo, que acaba de propor uma discussão mais acentuada da valorização dos idosos e a questão do etarismo. Principalmente quando há certa resistência no mercado de trabalho para as pessoas com idade mais avançada.
Já paramos para pensar como está o mundo em relação ao idosos e como são analisados na questão de aposentadoria e outras situações? Vamos aos números de alguns:
Estados Unidos – Até 2014, a idade para aposentadoria para quem nasceu após 1955 era de 66 anos, para homens e mulheres. A partir de 2015, passou a subir em dois meses ao ano até alcançar 67 anos. É possível antecipar a aposentadoria para os 62 anos, mas com desconto do valor a ser recebido. Ou ainda, adiar até os 70 anos, nesse caso com acréscimo no benefício.
Argentina – A idade mínima para se aposentar é 60 anos para a mulher e 65 anos para o homem. Além disso, é preciso contribuir por 30 anos para se aposentar, e o valor do benefício é definido pela média de contribuições dos últimos 10 anos.
Japão – A idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres é de 65 anos. Para receber o valor integral da previdência é necessário ter contribuído por 40 anos.
Canadá – Contribuição durante 35 anos e o trabalhador tem direito ao valor máximo do benefício, a partir dos 65 anos de idade. Quem se aposenta antes com, no mínimo, 60 anos de idade recebe menos. Já quem se aposenta mais tarde recebe um abono de permanência.
Espanha – Aprovou o aumento da idade legal da aposentadoria de 65 para 67 anos, com a transição sendo feita entre 2013 e 2027. É possível se aposentar com 35 anos de contribuição e 65 anos de idade, e continuar trabalhando e recebendo metade da aposentadoria.
Dinamarca – A idade mínima da aposentadoria básica crescerá de 65 para 67 anos entre 2024 e 2027, ao ritmo de seis meses por ano. Depois disso, vai se basear na longevidade da população.