“A despeito da variedade e da relevância de inúmeras outras temáticas inseridas na saúde da mulher, entende-se que a patologia do câncer de mama merece destaque”, afirmam as deputadas Silvia Cristina (PDT-RO) e Flávia Morais (PDT-GO), no requerimento em que sugeriram o debate.
Elas ressaltam que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no País (excluídos os tumores de pele não melanoma).
Os dados mostram que a incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. A partir dos 60 anos, o risco é dez vezes maior, contrariando a ideia equivocada de que a ocorrência de câncer de mama é menor em mulheres idosas.
As parlamentares lembram que, em todas as faixas etárias, o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo adequado continuam sendo as medidas mais eficientes contra a doença.
Pandemia e prevenção
Elas alertam ainda para a dificuldade de detecção e tratamento do câncer de mama durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo elas, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam queda de 84% no número de mamografias feitas durante a pandemia, em comparação com o mesmo período de 2019.
Por outro lado, o Inca estima o surgimento de mais de 66 mil novos casos da enfermidade por ano até 2022, só no Brasil.
“O diagnóstico no Brasil já costuma ser bastante problemático, já que cerca de 60,5% dos pacientes recebem confirmação de câncer em estádios avançados”, lamentam Silvia Cristina e Flávia Morais. No SUS, segundo elas, a jornada da paciente com câncer de mama continua sendo desafiadora.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros:
– uma representante do Inca;
– uma representante da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde;
– uma representante da Sociedade Brasileira de Oncologia.
A audiência será realizada no plenário 14, a partir das 9 horas. Os interessados poderão acompanhar o debate pelo portal e-Democracia, inclusive enviando perguntas aos convidados.
Fonte: Agência Câmara de Notícias