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Trabalhadores de Foz do Iguaçu continuam prejudicados pelo Airbnb

O impacto do Airbnb em Foz do Iguaçu tem sido debatido, especialmente em relação à concorrência com a rede hoteleira tradicional. Representantes do setor afirmam que a plataforma cria uma concorrência desleal, pois muitos imóveis não seguem as mesmas normas sanitárias, tributárias e trabalhistas que os hotéis. Além disso, há preocupações com a segurança dos turistas e a falta de controle sobre quem utiliza esses meios de hospedagem.

Sobre o desemprego, os dados disponíveis indicam que Foz do Iguaçu tem um índice menor de desemprego em comparação com outras cidades turísticas do Brasil. No entanto, a perda de empregos no setor hoteleiro devido à popularização do Airbnb ainda é uma preocupação para empresários e sindicatos locais. A regulamentação da plataforma tem sido discutida para equilibrar o impacto no mercado de trabalho e garantir que as plataformas digitais sigam as mesmas obrigações fiscais e regulatórias dos hotéis.

Leis fracas

A regulamentação do Airbnb no Brasil ainda está em debate, sem uma legislação federal específica. No entanto, algumas leis existentes são aplicadas à plataforma:

– Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991): Muitos defendem que os aluguéis de curta duração pelo Airbnb se enquadram como locação por temporada.

– Lei Geral do Turismo (Lei nº 11.771/2008): Há argumentos de que os imóveis alugados pelo Airbnb deveriam seguir regras semelhantes às de hotéis e pousadas.

– Código Civil (Anteprojeto de 2024): Uma proposta recente sugere que condomínios possam proibir o aluguel de curta duração, caso não haja autorização expressa na convenção condominial.

Municípios e estados vêm criando normas próprias, exigindo cadastro de anfitriões, recolhimento de ISS e limitações em condomínios. O debate gira em torno da necessidade de equilibrar a concorrência com hotéis, garantir segurança aos turistas e evitar impactos negativos no mercado imobiliário e também profissional.

Desemprego

O Brasil encerrou 2024 com a menor taxa de desemprego da série histórica: 6,6% na média anual. No trimestre encerrado em fevereiro de 2025, a taxa subiu ligeiramente para 6,8%, totalizando 7,5 milhões de desempregados. Apesar da alta, esse ainda é o menor índice para o período em 11 anos.

No turismo e hospitalidade, os impactos variam. Os desafios com a concorrência de plataformas como Airbnb, que afetam a demanda por hospedagem tradicional são claros. Além disso, há preocupações com a redução de postos de trabalho devido à automação e mudanças no perfil dos viajantes. No entanto, o setor busca alternativas, como a personalização de serviços e a sustentabilidade, para se manter competitivo.

Prejuízos

O turismo de massa em cidades como Foz do Iguaçu, a exemplo de Barcelona, na Espanha, tem gerado debates sobre sustentabilidade, emprego e identidade urbana. Em Barcelona, por exemplo, o governo municipal anunciou medidas para eliminar 10 mil apartamentos turísticos até 2028, buscando reduzir os efeitos negativos do turismo excessivo. A cidade recebe cerca de 26 milhões de turistas por ano, o que pressiona a infraestrutura e encarece o custo de vida.

O setor hoteleiro de Foz do Iguaçu também sente os impactos da concorrência com o Airbnb. Segundo estatísticas do Sindicato Patronal da Hotelaria, 1 milhão de turistas ficaram em hotéis e 1 milhão usaram Airbnb no último ano. A falta de regulamentação clara sobre identificação de hóspedes preocupa autoridades e empresários, pois pode afetar a segurança e a arrecadação de impostos. Além disso, há relatos de queda no número de empregos no setor de hospitalidade devido à migração de turistas para hospedagens informais.

O debate sobre o turismo de massa e sua relação com o capitalismo predatório também envolve questões ambientais. O fluxo intenso de visitantes pode sobrecarregar ecossistemas locais e aumentar a pegada de carbono das cidades. Em resposta, algumas localidades estão adotando limites de visitantes e taxas ambientais para mitigar os impactos.

– Redução de empregos na hotelaria: Com o crescimento do aluguel de temporada, hotéis enfrentam maior concorrência, o que pode levar à diminuição de contratações.

– Mudança no perfil dos trabalhadores: Muitos profissionais do setor estão migrando para funções de gestão de propriedades e serviços personalizados, como limpeza e manutenção de imóveis alugados por plataformas digitais.

– Expansão do trabalho remoto: A popularização do Airbnb também impulsiona o turismo de longa duração, criando oportunidades para trabalhadores autônomos e prestadores de serviços especializados.

– Regulamentação e impacto econômico: Algumas cidades estão debatendo leis para equilibrar a concorrência entre hotéis e locações de curto prazo, o que pode afetar a geração de empregos no setor.

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