Cada vez mais profissionais da área da beleza têm optado por se formalizar como Microempreendedores Individuais (MEI), atraídos pela promessa de simplicidade e baixo custo. No entanto, especialistas alertam que esse modelo, embora acessível, apresenta limitações significativas que podem comprometer a segurança financeira desses trabalhadores no futuro.
Benefícios restritos
O principal ponto de atenção está na aposentadoria. A contribuição mensal do MEI ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) garante apenas o benefício equivalente a um salário mínimo, independentemente da renda real do profissional. Para assegurar uma aposentadoria superior, é necessário realizar uma contribuição complementar ao INSS — medida que muitos desconhecem ou não adotam.
O mesmo cenário se aplica a outros benefícios previdenciários, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Em todos os casos, os valores pagos pelo governo permanecem no patamar mínimo, o que pode deixar o trabalhador vulnerável em momentos de fragilidade.
Ausência de direitos
Além das limitações previdenciárias, o regime do MEI não contempla direitos trabalhistas fundamentais, como 13º salário, férias remuneradas e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Sem essas garantias, muitos profissionais ficam desamparados em situações de emergência ou quando precisam se afastar do trabalho.
SindeBeleza orienta
Para Maria dos Anjos Mesquita Hellmeister, presidente do Sindicato dos Profissionais da Beleza (SindeBeleza), é essencial que as trabalhadoras do setor estejam bem informadas antes de aderirem ao MEI. “O MEI pode parecer uma solução rápida, mas esconde fragilidades que atingem diretamente a vida das nossas profissionais. O SindeBeleza está aqui para orientar, apoiar e garantir que cada trabalhadora tenha segurança no presente e no futuro”, afirma.
Diante desse cenário, o sindicato reforça a importância de buscar orientação especializada e avaliar alternativas que ofereçam maior proteção social e trabalhista às profissionais da beleza.
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