Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio, uma campanha que busca romper o silêncio, combater o estigma e promover o cuidado com a saúde mental. Em 2025, o tema central é “Agir salva vidas”, reforçando que a prevenção exige informação, acolhimento e ação conjunta.
Origem da campanha
O movimento nasceu nos Estados Unidos, após a morte de um jovem de 17 anos. Em sua homenagem, amigos distribuíram fitas amarelas com mensagens de apoio. No Brasil, a campanha foi adotada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV).
No Brasil e no mundo
- Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorre um suicídio a cada 40 segundos no mundo.
- No Brasil, são cerca de 32 mortes por dia, o que equivale a uma a cada 45 minutos.
- Estudo da Unicamp revela que 17% dos brasileiros já pensaram em suicídio e 4,8% chegaram a elaborar um plano.
Grande parte desses casos poderia ser evitada com acolhimento, escuta ativa e tratamento especializado.
A dor invisível
O suicídio não é sobre a morte, mas sobre a tentativa de interromper uma dor psíquica insuportável, chamada psychache. Essa dor é vivida de forma silenciosa, sem apelo externo, e pode levar a atos impulsivos em momentos de crise.
Como prevenir
- Falar abertamente sobre sofrimento emocional.
- Identificar sinais de alerta, como isolamento, mudanças bruscas de comportamento, desesperança.
- Buscar ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras, redes de apoio.
- Divulgar canais de escuta, como o CVV (ligue 188), que oferece apoio emocional gratuito e sigiloso 24h por dia.
Legislação
Em 2025, o Senado aprovou o projeto de lei que oficializa o Setembro Amarelo como campanha nacional. Também foram criados o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação (17/09) e o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio (10/09).
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