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Semana de 4 dias aumenta produtividade?

A proposta de repensar a jornada de trabalho ganha destaque em meio às preocupações com a produtividade e a saúde mental dos profissionais no Brasil. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), a produtividade brasileira por hora trabalhada tem crescido pouco ao longo das últimas décadas, apesar dos avanços tecnológicos e das inovações no mundo corporativo.

Além disso, o Brasil enfrenta desafios significativos em saúde mental, sendo um dos países com maiores índices de ansiedade e incidência de síndrome de burnout. Esses problemas são exacerbados por modelos de trabalho convencionais que, muitas vezes, não conseguem proporcionar um equilíbrio adequado entre vida pessoal e profissional.

Um contraste entre a alta incidência de transtornos mentais entre profissionais no Brasil e ações insuficientes para lidar com o problema foi identificado por Paul Ferreira, Taynã Appel e Ines Hungerbühler, motivando o desenvolvimento de um estudo detalhado. Realizada com o apoio de 572 profissionais e publicada na revista GV-Executivo, a pesquisa buscou apontar caminhos para mudar esse cenário alarmante.

A citação de Albert Einstein, “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, destaca a necessidade de mudanças. Nesse contexto, iniciativas como o piloto da semana de quatro dias ganham relevância. Iniciado em janeiro de 2024 e com resultados preliminares até abril, o projeto coordenado pela “4 Day Week Brazil” e parceiros como FGV-EAESP revela reduções significativas na exaustão e no estresse dos colaboradores.

Empresas que adotaram essa jornada mais curta relatam não apenas melhorias na produtividade, mas também maior atração e retenção de talentos, engajamento aprofundado dos clientes, além de melhor saúde, bem-estar e felicidade dos funcionários. O modelo 100-80-100™, com 100% do salário mantido trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade, demonstra ser uma alternativa viável e benéfica para todos os envolvidos.

A pesquisa da McKinsey & Company, que indica que 59% dos funcionários enfrentam desafios de saúde mental, ressalta os custos significativos que esses problemas representam para as organizações e para a sociedade. Portanto, a transição para uma semana de trabalho mais curta não é apenas uma estratégia para aumentar a eficiência, mas também para promover um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.

Como podemos redesenhar o futuro do trabalho no Brasil para promover melhor saúde mental, maior produtividade e um ambiente de trabalho mais sustentável? Suas ideias são bem-vindas!

Fontes: https://lnkd.in/dZGx-7Kw; https://lnkd.in/dBJUEdPW e https://lnkd.in/ddPJxC7B

  • Marcio Mitrsuishi, Bacharel em Ciências Contábeis e Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, MBA em Gestão de Negócios: Finanças pela FIA, MBA em Gestão Tributária pela USP/Esalq, e Pós-graduação em Mundo 4.0 e Soft Skills pela USP. Certificado CPA-20 pela ANBIMA e comprometido com a melhoria contínua e excelência nos processos financeiros.

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