Com forte presença sindical e debates de alto nível, o VI Congresso Estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná (NCST/PR) reuniu nos dias 03 e 04 de outubro, em Foz do Iguaçu, cerca de 90 congressistas representando mais de 70 sindicatos filiados. O evento marcou a eleição da nova diretoria da Central e promoveu discussões cruciais sobre o futuro das relações trabalhistas e o papel do movimento sindical frente aos desafios políticos e jurídicos do país.
Recondução de Pestana
Durante o Congresso, foi realizada a eleição da nova diretoria da NCST/PR, que reconduziu ao cargo o líder sindical Denílson Pestana da Costa. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Londrina, diretor da Fetraconspar e responsável pelos assuntos internacionais da Nova Central Nacional, Denilson foi reeleito com apoio unânime dos 50 delegados aptos a votar. Ele destacou a importância da união e do engajamento da diretoria para enfrentar os desafios do movimento sindical: “As vitórias virão com o empenho de todos”, afirmou.
A mesa apuradora foi presidida por Wilson Pereira, diretor financeiro da Nova Central Nacional e presidente da Contratuh, que representou o presidente nacional da Central, Moacyr Auersvald.
Debates políticos e jurídicos
Entre os temas centrais do Congresso, o cenário político nacional e as eleições de 2026 foram abordados pelo analista político André dos Santos, diretor da Contatos Assessoria Política e membro do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Em sua análise, André fez um balanço dos projetos já aprovados no Congresso Nacional e alertou para a importância de eleger parlamentares comprometidos com pautas sociais e trabalhistas:
“Não podemos ter um Presidente com olhar voltado para as questões sociais e para os trabalhadores, se tivermos um Congresso de direita que não está alinhado com ações mais progressistas”, disse.
Outro ponto de destaque foi a palestra do advogado Sandro Lunardi Nicoladeli sobre o financiamento sindical e os desafios estratégicos do setor. Lunardi abordou o processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que originou o Tema 935, relacionado ao direito de oposição dos trabalhadores às contribuições decorrentes de negociações coletivas. Segundo o jurista, a oposição deve ocorrer em assembleia, com deliberação sobre um prazo razoável para manifestação após a formalização da convenção coletiva.
Fortalecimento sindical
Na abertura do evento, Wilson Pereira, em nome do presidente Moacyr Auersvald, desejou sucesso aos participantes e ressaltou o trabalho da Nova Central junto ao governo federal e ao Congresso Nacional para a aprovação de matérias que integram a pauta dos trabalhadores. Também destacou a atuação da entidade na articulação contra projetos que prejudiquem os direitos da classe trabalhadora.
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