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“Encontro dos Advogados” fortalece atuação sindical

A advogada trabalhista e sindical Rebeca Mota Matos, do Maranhão, e o advogado Welldrey da Silva, do Rio Grande do Sul — autor do livro A Reforma do Silêncio — foram amplamente elogiados pela participação no “Encontro dos Advogados”, realizado na sexta-feira, dia 22, com transmissão online. O evento foi promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh) e trouxe reflexões relevantes para o movimento sindical.

Rebeca abordou temas como a Norma Regulamentadora nº 1 (NR1) e a saúde mental dos trabalhadores. Já Welldrey discutiu a função social dos sindicatos e os impactos da reforma trabalhista, com base em sua obra, que aprofunda exatamente esse debate.

Saúde mental: quando começa a doer no bolso

Segundo Rebeca Matos, a saúde mental dos trabalhadores só será tratada com a seriedade necessária pelo setor empresarial quando os prejuízos financeiros se tornarem evidentes. Ela citou dados alarmantes: cerca de 1 trilhão de dólares já foram gastos globalmente com afastamentos causados por transtornos mentais — e pelo menos 50% desses casos têm origem no ambiente de trabalho.

Rebeca defendeu que a NR1 seja aplicada com responsabilidade, como forma de enfrentar os desafios legais e laborais atuais. Ela também destacou a importância de incluir cláusulas claras sobre saúde mental nas convenções coletivas, com gestão rigorosa dos riscos ocupacionais e fiscalização ativa para garantir o cumprimento das normas.

Reforma trabalhista e o papel dos sindicatos

Welldrey da Silva apresentou uma linha histórica da relação entre capital e trabalho, começando pelo período da escravidão, passando pela servidão — em que o trabalhador recebia uma herança simbólica — até chegar à realidade atual, marcada por tensões entre empregadores e empregados. Ele criticou a resistência patronal em discutir a redução da jornada de trabalho e a flexibilização do sistema 6×1.

Para Welldrey, é essencial que os sindicatos resistam à política de desvalorização de sua atuação. Segundo ele, a organização coletiva é a principal ferramenta do trabalhador para garantir direitos e conquistas. Encerrando sua fala, citou Martin Luther King: “A injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar.”

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