Há uma unanimidade entre as entidades filiadas a CONTRATUH para rejeitar a proposta das três Centrais Sindicais, que preparam um documento, sem consulta das bases, e que compromete toda a estrutura sindicalista brasileira.
A decisão foi alinhavada numa reunião virtual realizada na última segunda-feira, quando vários representantes de todo o País, convocados, manifestaram uma grande revolta pela forma como o processo está sendo conduzido.
“Não há preocupação com o trabalhador, mas com o poder”, advertiu Vera Moraes, comentando que se pretende é uma câmara autônoma de trabalhadores, atropelando entidades sindicais históricas. “Em síntese é um balcão de negócios, acalentando o sonho de empresários”
Para Geraldo Gonçalves “o que eles querem é aprovar um documento sem a participação das entidades de primeiro grau. Entre tantas centrais que foram criadas essas três pensam que somos descartáveis e articulam uma intervenção maléfica para transformar o setor”
Cícero Lourenço Pereira disse “que as Centrais CUT, UGT se reuniram com representantes de São Paulo mas não fundamentaram as minúcias do projeto. O que elas querem é representar diretamente os trabalhadores e disputar a sua representatividade. É o estranho caso da criatura que quer engolir o criador. Querem colocar um cabresto no Movimento Sindical”.
Jair Ubirajara frisou que “a culpa pelo fim da contribuição sindical é da CUT. Isso não podemos esquecer. Mas neste momento é importante fazermos um balanço do Congresso Nacional: quem são os parlamentares que representam o trabalhador?
Luiz Onofre Chaves de Brito opta pela “rejeição imediata desta proposta, que eu classifico de esdrúxula. Temos sim é que lutar contra o desmonte do artigo 8º da Constituição Federal e também pelo que se desenha da extinção da CLT”.
Cláudio Rocha entende que “este não é o melhor momento para se discutir o tema, pois o que se propõe é privilégio ao comando e não à base. E mesmo eu sendo integrante da UGT tenho que me posicionar contrário. Mesmo na UGT defendemos as posições da CONTRATUH.
Outros filiados como Luiz Henrique Maranhão, Ana Cristina Naninha, Orlando Nespolo, Moacir Bispo e José Ramos também seguiram no mesmo tom.
Ao final do encontro o presidente Wilson Pereira e o vice-presidente Moacyr Auersvald, este também como presidente interino da Nova Central, sugeriram a composição de um documento oficial das representações presentes, acolhendo, por unanimidade a rejeição por inteiro da proposta das três Centrais.
“Nenhuma medida pode ser tomada e nenhum documento deve ser colocado em discussão sem uma consulta prévia às bases do sindicalismo brasileiro”, disse Moacyr.
Wilson, lembrou que é fundamental se garantir o que diz a Constituição Federal e principalmente defender, por todos os meios, o artigo 8º da Constituição.
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