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Passagens aéreas são caras e preços precisam baixar, diz Marcelo Freixo

Há bem pouco tempo o presidente da CONTRATUH, Wilson Pereira, disse a mesma coisa, participando de encontros da categoria e escrevendo aqui neste site, no espaço “Palavra do Presidente”. Agora foi a vez do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, visitando Portugal chegar a mesma conclusão.

Freixo fez uma romaria nos últimos dois dias na Feira Internacional de Turismo de Lisboa, uma das mais importantes do mundo, em busca de parcerias, confiante de que o Brasil conseguirá reverter o baixo desempenho no setor — no máximo, o país recebe 6 milhões de visitantes estrangeiros por ano. É nada perto de nações como França e Espanha, que passam dos 50 milhões de viajantes, e mesmo de Portugal, com cerca de 27 milhões. Na terra de Cabral, por sinal, o turismo é visto como prioridade máxima, pois responde por 15% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas geradas em um ano.

Para Freixo, um dos maiores empecilhos para o incremento do turismo no Brasil é o preço das passagens áreas, que, no entender dele, precisa baixar. Na Europa, é possível viajar de um país para o outro pagando apenas 20 euros (R$ 112), ou até menos. De acordo com Freixo, será importante uma ação concreta junto às companhias, seja para aumentar a capacidade de oferta de voos, da malha, seja para uma redução de preços. “E aí cabe ao governo negociar com as empresas o valor do combustível. Tem a questão da guerra (entre Rússia e Ucrânia), tem outros elementos, mas a passagem aérea hoje, sem dúvida alguma, é um elemento que a gente precisa melhorar”, diz.

Entre os desafios que assumiu como comandante da Embratur estão, ainda, acabar com a imagem de que o Brasil é o paraíso do turismo sexual e convencer os viajantes de que o país é um lugar seguro. “A gente acabou de sair de um carnaval muito bem-sucedido, o primeiro carnaval depois da pandemia, um carnaval lotado, cheio de turistas. Tudo isso sem nenhum incidente. Cerca de 93% dos portugueses que visitam o Brasil querem voltar. Isso é um indício de que a gente está melhor do que a imagem que alguns construíram”, afirma.

Ele ressalta, também, que os turistas estão felizes por ter o Brasil de volta ao cenário internacional, com uma democracia forte e com sérios compromissos de preservação ambiental. “O Brasil volta para o mundo como país da democracia. O Brasil volta para o mundo como um lugar com respeito à questão climática e ambiental. É isso que estão querendo ouvir da gente”, enfatiza.

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