O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a taxa de juros imposta pelo Banco Central: “Um dos maiores empresários brasileiros, Antônio Ermírio de Moraes, levantava e ia dormir fazendo críticas à taxa de juros”, disse, citando também seu vice nos primeiros mandatos, José Alencar, que não passava “uma reunião” sem reclamar dos juros.
“O problema não é Banco Central independente ou ligado ao governo, é que o Brasil tem uma cultura de juros altos que não combina com a necessidade de crescimento. Por que acabar com a TJLP pra não ter financiamento de longo prazo?”, questionou. “Não tem nenhuma justificativa para que a taxa de juros esteja em 13,75%, é uma vergonha o aumento e a explicação que deram para a sociedade”, continuou Lula.
“Tem gente que fala que o presidente não pode falar isso. Ora, se eu que fui eleito não puder falar, quem eu vou querer que fale por mim?” Segundo Lula, a economia precisa voltar a crescer e “só tem dois jeitos” que possibilitam isso: “a iniciativa privada fazer investimento, e só faz se tiver demanda, ou o Estado incentivar a fazer.”
Além da taxa de juros, Lula também comentou os ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Para Lula, os atos golpistas foram uma “revolta dos ricos que perderam as eleições”.
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