Ativistas do Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL) lançaram a versão 2022 da campanha dos 21 dias, criada em 1991, que objetiva educar sobre a luta pela erradicação da violência de gênero e pela defesa dos Direitos Humanos das mulheres, em todo o mundo.
No Brasil, a campanha ganhou maior duração para abranger datas importantes do nosso calendário. Começou no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra e, por isso, aqui é chamada de “21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres” e termina em 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O Instituto Datafolha informou que uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa foi encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e publicada em junho de 2021.
Cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. Ainda conforme o levantamento, 73,5% da população acreditam que a violência contra as mulheres aumentou no último ano e 51,5% dos brasileiros relataram ter visto alguma situação de violência contra a mulher nos últimos 12 meses. A pesquisa mostra também que as vítimas de violência doméstica estão entre as que mais perderam renda e emprego na pandemia.
Nos 21 dias de Ativismo, a CONTRATUH e a Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, vem reafirmando seus compromissos na luta por um mundo mais justo, igualitário e sem todo tipo de violência.
A CONTRATUH participa também de outras iniciativas como da UITA, a nível mundial, apresentando denúncias e compartilhando toda a sorte de orientação para as mulheres filiadas aos sindicatos que integram a Confederação.