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Participação da bancada feminina gera discussão na CPI da Pandemia

A CPI tem 11 titulares e 7 suplentes, mas não tem nenhuma senadora.

Segundo Ciro Nogueira (PP-PI), não houve acordo para a participação da bancada feminina na CPI.

— Se foi um erro das lideranças não indicar as mulheres, a culpa não é nossa. [ …]  As pessoas ficam querendo dar uma outra versão, como se a gente estivesse perseguindo as mulheres — disse Ciro.

Em resposta, a senadora Eliziane Gama disse não entender a resistência dos senadores.

— Só não entendo por que tanto medo das vozes femininas — apontou.

Líder da bancada feminina, Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que na reunião anterior, de terça-feira (4), ficou acordado que as mulheres teriam direito de participar das reuniões. Segundo a senadora, “privilégio é algo diferente de prerrogativa”.

— O presidente Omar Aziz, quando deliberou ao final da reunião, fez uma concessão ainda maior, que teríamos o direito de ser as primeiras na lista. A questão de ordem já foi resolvida — assinalou

Mas Ciro discordou. Segundo ele, a questão não foi deliberada. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que o Regimento da Casa “está sendo rasgado”. Marcos Rogério (DEM-RO), por sua vez, apontou que, na falta de acordo, prevalece o que está definido na norma. O senador afirmou ainda que as mulheres querem “dar peia” em Jair Bolsonaro.

— O que se busca aqui é engrossar o coro daqueles que querem dar peia no presidente Bolsonaro — disse Marcos Rogério.

Omar Aziz chegou a suspender temporariamente a sessão, mas ela foi retomada com o direito de fala garantido a Eliziane. Tanto a bancada feminina quanto senadores governistas apresentaram pedidos para que sejam consultadas as notas taquigráficas da reunião de terça-feira. Segundo Omar, a questão da participação das mulheres será discutida após o depoimento de Teich.

Fonte: Agência Senado

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