A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu na última terça-feira (7/7) que existe a possibilidade de o coronavírus ser transmitido não apenas por gotículas expelidas por tosse e espirros, mas por partículas microscópicas liberadas por meio da respiração e da fala que ficam em suspensão no ar.
Benedetta Allegranzi, da Unidade Global de Prevenção de Infecções da OMS, afirmou em uma coletiva de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, que há estudos que apresentam evidências disso, mas que elas ainda “não são definitivas”.
Segundo Allegranzi, a possibilidade de transmissão aérea do Sars-CoV-2 “é vista especialmente em condições muito específicas, como lugares com muitas pessoas e pouca ventilação”.
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Em uma carta aberta publicada no dia anterior, um grupo de 239 cientistas de 32 países havia pedido que a chamada “transmissão por aerossol” fosse reconhecida por autoridades em saúde.
“A maioria das organizações de saúde pública, incluindo Organização Mundial da Saúde, não reconhecem a transmissão pelo ar, exceto para procedimentos geradores de aerossóis realizados em estabelecimentos de saúde”, disseram os pesquisadores.