A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo previu que o setor vai movimentar maior valor dos últimos dez anos na alta temporada, totalizando R$ 157 bilhões. Boa parte dos gastos dos turistas será em bares e restaurantes.
As estimativas são de que o turismo brasileiro deve faturar R$ 157,74 bilhões entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, período considerado de alta temporada para o segmento. O número é o maior dos últimos dez anos. É o que aponta a análise do Ministério do Turismo, a partir das projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Pelo levantamento, São Paulo (R$ 51,4 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 19,0 bilhões) e Minas Gerais (R$ 17,2 bilhões) concentram 55,5% das receitas projetadas.
Nesses meses são batidos recordes de movimento dos negócios que atuam com produtos e serviços turísticos, representando cerca de 44% da receita anual, crucial para a saúde financeira de empresas, principalmente micros e pequenas.
“Os recentes números positivos do turismo confirmam que estamos trabalhando no caminho certo e que nosso setor reúne todas as condições para alavancar a economia do nosso país, contribuindo ainda mais para geração de renda, emprego e inclusão”, garante o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Com o crescimento do número de passageiros, tanto em voos nacionais quanto internacionais, a CNC prevê que os turistas destinem boa parte de seus gastos a bares e restaurantes (R$ 70,67 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 37,55 bilhões). O transporte aéreo e a hospedagem também prometem bom desempenho, impulsionados pela queda recente de 21,1% nos preços das passagens, contrastando com o aumento superior a 50% nos anos anteriores.
Para o presidente do Sistema CNC/Sesc Senac, José Roberto Tadros, o papel da estabilidade econômica é muito importante no desempenho do setor. “O crescimento projetado para o turismo reflete a resposta positiva do mercado aos avanços econômicos recentes”, observa Tadros.
Mão de obra
O aumento da receita também vai impactar na contratação temporária de mão de obra formal até janeiro de 2025. A CNC projeta a criação de 76,5 mil vagas no período, o maior número desde 2015, quando foram criadas 85,2 mil vagas. Atualmente, o setor emprega 3,51 milhões de trabalhadores formais, um crescimento de 7,9% em comparação ao período pré-pandemia. “Estamos seguindo a orientação do presidente Lula de trabalhar pensando na geração de novas oportunidades de emprego e renda, promovendo a inclusão social do nosso povo”, completa o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Espera-se que o segmento de alimentação lidere as contratações, com 54,2 mil vagas, seguido pelo setor de transportes (10,6 mil) e hospedagem (8,4 mil). O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.842, representando um aumento real de 1,9% frente ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Ascom MTur, por Paula Rosa