O mercado de trabalho continua aquecido e a economia se fortalece. Na mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) temos números animadores. O desemprego caiu 6,4% no terceiro trimestre de 2024 e atinge a menor taxa no período desde 2012, quando começou o levantamento.
E não é apenas a queda simples. Também houve baixa nos números dos que procuram trabalho por dois anos ou mais. Aqui baixou para 1,5 milhão. Este índice é o menor para um terceiro trimestre, desde 2014.
Segundo entrevista do professor e economista do Dieese, Rodolfo Viana, para a Agência Sindical, “o resultado é muito bom e reforça o desempenho favorável da nossa economia, que retoma a trajetória de crescimento com redução do desemprego e melhora na renda. É a retomada da política de valorização do salário mínimo com ganhos reais, a dinamização do mercado interno, a ampliação do valor do Bolsa Família, entre outros fatores e políticas de governo”.
Mas mesmo com números positivos há alguns problemas do mercado de trabalho, diz o economista. É quanto ao número de desempregados quando comparados gêneros e raça. “A taxa de desemprego dos homens está em 5,3%, enquanto para as mulheres é de 7,7%. Os brancos têm taxa de desemprego de 5%, na média; enquanto pretos registram 7,6% e pardos, 7,3%, respectivamente. Índices substancialmente maiores”.
O levantamento reforça ainda a importância do nível de estudo. A taxa de desemprego de pessoas com nível superior completo ficou em 3,2%. Rodolfo conclui: “A diferença é muito grande quando se compara a pessoas com ensino médio incompleto, cujo índice está em 10,8%”.
Fonte: IBGE e Agência Sindical