A ação é inédita. O governo brasileiro quer ouvir as populações dos países que integram o G20. É o chamado G20 Social, que começa nesta quinta-feira, 14, no Rio de Janeiro e se estende até o sábado, dia 16. São entidades da sociedade civil, em torno de 200 autogestionadas, num grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.
As populações dos países do G20 vão poder participar dos debates finais sobre o texto que está sendo construído desde agosto (inclusive por meio da plataforma Brasil Participativo, que disponibilizou o texto para consulta pública), e que vai integrar um documento a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16 de novembro.
Abertura
Dia 14 de novembro, a partir das 14h00, a cerimônia de abertura terá a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; da socióloga e primeira-dama Janja da Silva; do ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; do representante da Sociedade Civil Internacional, Morgan Ody e da representante da Sociedade Civil Brasileira, Edna Rolland.
Plenárias
No dia 15 de novembro, segundo dia do G20 Social, haverá três plenárias para discutir os três eixos propostos pela presidência brasileira ao G20:
– Combate à fome e às desigualdades
– Mudanças climáticas e sustentabilidade
– Reforma da governança global
A primeira plenária, dedicada a debater o combate à fome, à pobreza e às desigualdades, terá o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Nosipho Nausca-Jean Jezile, representante permanente da África do Sul junto à FAO e presidente do Comitê de Segurança Alimentar (CSA); Ibrahima Coulibaly, do Mali, presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores (PAFO) e Elisabetta Recine, representante da Sociedade Civil Brasileira e presidente do Consea.
A segunda plenária vai debater sustentabilidade, mudança do clima e transição justa e terá debatedores como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Laurence Tubiana, da França, economista, diplomata e negociadora-chefe do Acordo de Paris; uma liderança indígena brasileira e Adriana Marcolino, representante da Sociedade Civil Brasileira e Diretora Técnica do Dieese.
A terceira plenária do dia discute a reforma da governança global e terá nomes como Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil; Yildiz Temürtürkan, da Turquia, coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres; o escritor coreano Ha Joon Chang, economista, professor e autor do best-seller internacional “Chutando a Escada” e Antonio Lisboa, representante da sociedade civil brasileira, da Confederação Sindical Internacional (CSI).
No dia 16 de novembro, os participantes do G20 Social poderão ouvir a leitura do texto final do documento a ser entregue ao presidente Lula durante a cerimônia de encerramento. A ideia é que o texto seja lido por vários representantes da sociedade civil e os participantes aclamem o conteúdo produzido ao longo de todo o processo do G20 Social.
Encerramento
Na mesa de encerramento estarão o ministro Márcio Macêdo, Oliver Röpke, representante da sociedade civil internacional e presidente do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE) e Mazé Morais, representante da sociedade civil brasileira. Na sequência, será feita a cerimônia de entrega do documento final ao presidente brasileiro e ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que assume a presidência do G20 em 2025.
A cerimônia também terá a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tawakkol Karman, Prêmio Nobel da Paz em 2011 e representante da sociedade civil internacional e de Ceres Hadich, representando a sociedade civil brasileira.
Durante os três dias do G20 social, 150 barracas integrarão a programação com produtos como alimentação, artesanatos, publicações e serviços.
Fonte: Ascom do G20 Social
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