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Escravos de nossos erros

A União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação – UITA, promoveu no último dia 5, a “I Oficina Sindical América Latina” da qual participei como presidente da Contratuh. Ouvi dezenas de relatos de companheiros sindicalistas sobre os problemas climáticos que afetaram seus países e as consequências causadas aos trabalhadores e famílias menos abastadas. O encontro está preparando nosso pessoal para a COP 30, que no ano que vem, será realizado em Belém, no Pará.

O objetivo é qualificar o movimento sindical latino-americano e europeu, municiando-o para uma ação sindical organizada, voltada principalmente para a prevenção dos problemas climáticos. Sabemos que isso exige esforços e mudanças sistemáticas em várias de nossas atividades.

Disse na ocasião que toda a ação é valiosa, especialmente quando vemos casos se repetindo ano a ano e pouquíssimas soluções serem apresentadas. Resolver as questões climáticas requer esforço coletivo. Tentar mitiga-las é contribuir para o mundo ecológico, reparando erros que são repetitivos e que não sensibilizam alguns setores preocupados apenas com os resultados econômicos.

Trabalhadores comuns sofrem com a falta de conservação ambiental e rigorosamente são submetidos a sacrifícios infinitos quando estão a serviço de empresas que não se preocupam com o investimento em fontes de energia limpa, como solar, eólica e hidrelétrica. Nossa dependência de combustíveis fósseis, por exemplo é um dos grandes contribuidores para a emissão de gases de efeito estufa. Precisamos incrementar as técnicas e práticas para economia de energia, principalmente nas indústrias e no transporte. O uso de alternativas, como o transporte público, veículos elétricos e veículos não poluentes.

O que será do nosso futuro sem cuidados essenciais para a manutenção de florestas e do ecossistema? Temos nos empenhado em manter a biodiversidade? E as práticas agrícolas que conservem o solo, usem menos água e pratiquem o necessário reflorestamento?

Precisamos nos preparar cada vez para a reciclagem e reutilização, reduzindo a produção de lixo. Nossos avós sempre nos ensinaram a transformar resíduos orgânicos em adubo, reduzindo a emissão de metano de aterros sanitários, mas o progresso insolente desmentiu todas essas boas ações.

Está mais do que na hora de nos conscientizarmos sobre essas mudanças climáticas e a importância da sustentabilidade.

Carecemos de regulamentações governamentais, leis, campanhas e muita conscientização comunitária para a proteção ambiental.

Já é mais do que a hora de honrarmos acordos internacionais para evitar o aumento da temperatura do planeta, com o uso sustentável dos recursos naturais.

Onde está a nossa preocupação com a infraestrutura de nossos ambientes para essas mudanças climáticas, como sistemas de drenagem, pesquisas cientificas para trazer soluções inovadoras.

Tudo isso requer compromisso de nossos governantes, empresas e também dos cidadãos. A promoção da cultura de sustentabilidade é essencial para garantirmos um futuro promissor e muito mais saudável.

A ideia está lançada! Comecemos por nós!

  • Wilson Pereira – presidente da CONTRATUH

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