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Sindicalismo perde José Schulte: “Uma lenda do movimento no Brasil”

“Nós do movimento sindical perdemos um grande líder sindicalista. Nosso companheiro José Schulte nos deixou no último fim de semana”. Foi um dia de imensa tristeza no seio da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Nova Central e a Contratuh manifestam o mais profundo pesar pelo falecimento de José Carlos Perret Schulte, líder comerciário gaúcho de importância nacional que faleceu no último domingo (29).”, disse o presidente da Nova Central, Moacyr Auervald.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade – Contratuh, Wilson Pereira, também lamentou e reconheceu, mais uma vez a importância desse grande sindicalista gaúcho. “O movimento sindical perde um dos seus grandes nomes, mas se fortalece nos seus exemplos, que continuarão a ser seguidos e repetidos em favor do trabalhador e de seus direitos! Nossas condolências aos familiares e amigos!”

O presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald também destacou: “O companheiro Schulte, foi secretário-geral da CNTC. Ele sempre defendeu com grande orgulho a entidade e o princípio da unicidade sindical com “garras e dentes”. Parceiro irrestrito nas lutas, Schulte lamentavelmente sofreu um AVC, que o afastou dos grandes debates nacionais. Mas mesmo assim, jamais deixou de atuar no seu Rio Grande do Sul amado. Sempre presente, por meio da Federação dos Comerciários, como baluarte da defesa da unicidade sindical. Junto às Confederações tinha um grande respeito por ter trabalhado no PL 4.554/2004, entregue na mão ex-deputado Sérgio Miranda (PDT-MG), para que fosse feita uma reforma sindical respeitando a unicidade. Naquela época já se discutia a contribuição sindical compulsória. Temos um grande respeito pela figura do Schulte. Também trabalhamos juntos no Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), entidade que permanece viva até hoje, na defesa do Sistema Confederativo.

Schulte vinha fazendo muita falta nos debates nacionais, com seu jeito gaúcho, sempre levou as discussões à exaustão, e nunca para o pessoal ou desrespeito. Tenho grandes memorias ao seu lado. O movimento perdeu uma pessoa que trabalhava 24h pelas suas causas, mas os seus discípulos estão vivos. Conforme dizia o nosso saudoso mestre Calixto: “O movimento sindical é uma chama que nunca vai se apagar”! E Schulte mantinha essa chama acessa. Cabe a nós agora, mais do que nunca, honrar esse legado e nos inspira, em defesa dos trabalhadores brasileiros e do nosso povo. Viva o Schulte! Ele sempre estará vivo no nosso meio como lenda do sindicalismo brasileiro. Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos neste momento tão difícil. Sentiremos muita falta”.

Schulte, que se destacava pela capacidade de articulação política com todas as correntes ideológicas, foi o líder da primeira marcha sindical do Governo Lula, em 2003, quando se reuniu mais de 25 mil pessoas em defesa dos trabalhadores. A grande resposta que o movimento deu ao governo, para barrar a proposta de reforma trabalhista que tinha o pluralismo sindical.

Moacyr relembrou outras lutas ao lado de Schulte: “Tivemos grandes lutas no governo do Fernando Henrique também. O negociado sobre o legislado, que conseguimos barrar em defesa da CLT. Hoje, com a reforma trabalhista de 2017, sabemos o quanto o negociado sobre o legislado é ruim. Boas lembranças ao lado do grande companheiro”.

Segundo as entidades sindicais do Sul, outra contribuição preciosa de Schulte foi através dos cursos de formação sindical e política. Ele estimulava o estudo, por ver no conhecimento, uma ferramenta indispensável para o êxito das lutas sindicais e trabalhistas.

Fonte: Ascom NCST.

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