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Sindicalistas acusam arbitrariedades de Ratinho Jr, na OIT

O governador do Paraná, Carlos Ratinho Massa foi alvo de denúncia de sindicalistas brasileiros que participam em Genebra, na Suíça, da 112ª Conferência Internacional do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho – OIT. Eles revelam arbitrariedades cometidas, pelo Governo do Paraná, contra professores, que se manifestaram recentemente contra a venda de escolas públicas.

O documento cita ação na justiça em que o Governo do Paraná pediu multa diária de R$ 100 mil para o Sindicato dos Professores e funcionários de escolas e também a prisão da presidente da instituição, Walkiria Mazeto, por suposta desobediência a uma liminar sobre as manifestações de desagravo.

O documento sindical trata ainda de denunciar o uso de dados internos da Secretaria de Estado da Educação para divulgar vídeo contra a greve a pais e responsáveis por alunos das escolas públicas. O conteúdo do vídeo critica o Sindicato e fala de manifestações “partidárias e violentas” que colocariam “seu filho em risco”.

A representação, assinada pela Nova Central, CUT, CSB, CTB, Força Sindical e UGT, acusando que a gestão paranaense não respeitou o direito à greve, colocou em risco a continuidade de funcionamento do Sindicato por meio do pedido de multas elevadas e ameaçou a liberdade individual da dirigente sindical. Após avaliação de admissibilidade da queixa, a OIT deve abrir investigação sobre as ações de Ratinho Júnior.

Já o governador se defendeu afirmando que “a greve foi decretada ilegal pela Justiça, teve baixíssima adesão e que os sindicalistas estavam produzindo fake news sobre os projetos. Também afirmou que as mudanças propostas por ele já existem em outros países e ajudam os diretores e terem mais liberdade para trabalhar. O governo paranaense também fez críticas ao sindicato devido a protesto que terminou em confusão em 3 de junho.

Os participantes da manifestação, segundo o governo, forçaram a entrada no prédio da Assembleia Legislativa e foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo. Cinco pessoas tiveram ferimentos leves, incluindo dois policiais militares que faziam a segurança do local. A procuradora do estado, Mariana Carvalho Waihrich, chamou a mobilização dos professores de “atos antidemocráticos e terrorismo”.

Agora os sindicalistas aguardam o desfecho da denúncia. O governo do Paraná vem repetindo o tratamento negativo à classe sindical de professores há várias gestões.

Fonte: Folha de S. Paulo

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