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Senador não pode definir como o trabalhador vai se comportar

O equivocado e inimigo da classe trabalhadora, o senador Rogério Marinho (PL-RN), tem sido um entrave no meio sindical e trabalhista desde que resolveu calcar a sua atuação parlamentar contra o movimento sindical brasileiro. Sua última tentativa pode ser derrubada ainda amanhã, dia 5, no Senado, quando o PL 2.830/19, volta a ser analisado. O senador Marinho, de forma atrapalhada e mal-intencionada acatou emenda que veda a contribuição assistencial definida em assembleia geral, em relação à celebração de acordo ou convenção coletiva de trabalho. A rigor, essa emenda nada tem a ver com o tema original. Trata-se de “jabuti”.

O presidente da Contratuh, Wilson Pereira comentou hoje que Rogério Marinho conserva o ranço do governo Bolsonaro e traz sempre consigo a vontade de privilégio classista, e para isso, tenta desestruturar o movimento sindical. “A classe trabalhadora brasileira tem que repudiar as atitudes deste senador, que já se declarou nosso inimigo”.

Para Wilson Pereira, a solução seria vigorar aquilo que o Supremo Tribunal Federal já definiu, quando estabeleceu que a contribuição assistencial é legal e constitucional. Só resta definir a forma e os critérios de oposição, fixando prazo, como vai se estabelecer, o que deve ser definido e discutido na assembleia do trabalhador, independentemente da interferência patronal, a quem cabe acatar o que já está consumado.”

Wilson esclarece bem a questão, pois se for da vontade do trabalhador contribuir com a sua entidade sindical ele pode fazê-lo espontaneamente e deve definir isso nas assembleias, de forma equânime, sem a postura intervencionista do patronato, com cartas pré-elaboradas, prazos que só servem para tumultuar o movimento sindical, com corridas às entidades para consagrar a intimidação nociva a quem depende do emprego para sua simples sobrevivência.

A tentativa intervencionista do segmento político alinhado a Rogério Marinho, nada mais é do que uma postura extremamente antissindical como já ocorreu em outras oportunidades. Rogério Marinho se apena dos empresários e para agradá-los acena com o sacrifício do trabalhador, que sem o respaldo sindical é uma presa fácil para patrões mal intencionados, muitas vezes sonegadores, que visam o lucro a qualquer custo, não respeitando direitos, conquistas sociais e benefícios que amainam a sobrevida do já escravizado cumpridor de ordens nem sempre humanas, pelos poucos direitos aviltados por pagas mínimas e fora da realidade econômica do país.

“Oxalá hoje os senadores vejam que é preciso olhar o trabalhador na sua humildade, no seu esmero profissional e na proteção necessária, que só é conseguida, muitas vezes, na união da classe e na força de representação social. Que ele tenha liberdade para agir à sua necessidade, ganhando o amparo sindical tão importante na sua luta classista”, destacou Wilson Pereira.

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