Depois do impacto da pandemia pela Covid 19, o turismo em Curitiba está vivendo um momento diferenciado em 2024. Nos meses de março e abril, com feriados como o de Páscoa e de diversos eventos corporativos e culturais pela cidade (como Expoturismo, Smart City e o Festival de Teatro de Curitiba), os hotéis ganham um bom público, e quase sempre ficam lotados.
Em Curitiba e Região, o Convention & Visitors Bureau (CCVB) estima um crescimento de 40% no movimento até aqui em comparação a 2023. Mas não é único segmento do mercado turístico que está aquecido. Isso porque o turismo de lazer também está em alta, ao ponto de alcançar o faturamento do turismo de negócios, aponta o CCVB.
“A gente até fala que Curitiba é um dos principais destinos de ‘bleisure’, que é o turista que vem fazer negócios, mas acaba ficando a lazer – mistura o business com lazer. Então Curitiba ainda é uma cidade muito forte no mercado corporativo, no mercado business, mas hoje o turismo de lazer está alcançando o turismo de negócio”, diz a presidente do CCVB, Gislaine Queiroz.
Curitiba tem sazonalidade na movimentação turística, mas neste ano os meses de janeiro e fevereiro já registram uma “ótima ocupação hoteleira”, fortalecido a partir de março, após o Carnaval, quando os eventos corporativos começaram a ganhar o calendário da cidade. “Em março e abril os hotéis estão com ocupação de quase 100%. A cidade está bem cheia, graças a Deus”, comemora a presidente.
O Mabu Curitiba Business, por exemplo, informou ter registrado no mês de março uma ocupação recorde, com alta de 70% em relação ao mesmo período do ano anterior e 14 dias consecutivos com o hotel registrando lotação máxima. Além disso, o bom momento reflete também em outros setores do hotel, com aumento no consumo de serviços oferecidos.
“O mercado está aquecido e isso se reflete diretamente em nossa ocupação. Estamos muito satisfeitos em atender a demanda crescente e proporcionar experiências de qualidade aos nossos hóspedes”, afirma Luciano Motta, CEO dos Hotéis Mabu e Blue Park, assinalando ainda que a expectativa é que o bom movimento turístico na cidade se mantenha pelos próximos tempos.
Turismo forte
Para Gislaine Queiroz, o turismo em Curitiba já é forte, mas tem muito a crescer, especialmente se considerarmos que o turismo na capital paranaense é “BBB” – bom, bonito e barato.
“Para o lazer, isso é uma combinação perfeita. A gente tem oferta hoteleira, temos atrativos e grande parte deles de graça. Apesar de a gente não ter praia, a gente tem todos os parques, uma movimentação cultural muito forte, a gente tem uma gastronomia muito rica, com chefes de renome nacional e até internacional. Tudo isso coloca Curitiba dentro de um novo olhar para o turista, além de Curitiba ser a cidade mais inteligente do mundo, o que chama a atenção”, aponta a presidente do CCVB.
Ainda segundo ela, a Capital paranaense tem muito a crescer no turismo de lazer, especialmente quando se alia o turismo de negócios. “Muita gente vem para fazer negócios e quer ficar mais dois, três dias na cidade, porque quer fazer passeio de trem, ir para Ponta Grossa, para a Ilha do Mel.
Em outros destinos, num só passeio uma família vai gastar R$ 500. Aqui, você pode ir de graça no Jardim Botânico, nos parques Tanguá, Tingui, Barigui, no Museu Oscar Niemeyer, na Feirinha de Artesanato do Largo da Ordem… E ainda tem uma série de outros lugares para visitar em municípios próximos, como o Parque da Vila Velha, o Buraco do Padre, a comida tropeira da Lapa, o Caminho do Vinho… Uma infinidade de possibilidades e com custo baixo”, reforça ela.
Fonte: Bem Paraná, por Rodolfo Luis Kowalski e foto de Franklin de Freitas