O Governo Federal deve liberar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo e Serviço) Futuro para auxiliar a população de baixa renda na compra da casa própria. A medida pode começar a valer já no mês de março.
A modalidade do FGTS foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Curador do FGTS, mas, até agora, não foi implementada.
A medida permite que trabalhadores de baixa renda possam usar depósitos futuros no fundo — valores que seu empregador ainda vai depositar em sua conta — para amortizar ou liquidar dívidas imobiliárias no Minha Casa, Minha Vida. Assim, ao antecipar e pegar o valor do FGTS, quando a empresa depositar o valor na conta, o dinheiro vai direto para a prestação da moradia.
O investimento será testado, primeiro, entre famílias que ganham até R$ 2.640 por mês, que é a Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. Depois, o plano é ampliar o atendimento para todas as faixas, chegando ao limite de R$ 8 mil.
A possibilidade de o trabalhador com carteira assinada somar, à sua renda familiar, os valores do FGTS a receber, funciona como uma espécie de caução. Isso eleva a sua capacidade de pagamento e, em tese, reduz a taxa de juros cobrada pela instituição financeira contratada.
Para que a modalidade vire realidade, o conselho do FGTS deve aprovar as regras e permitir que a Caixa Econômica Federal libere o valor do FGTS do trabalhador.
Não é a primeira vez que a ideia de utilizar essa renda é prevista. Em junho de 2023, a própria Caixa aventou ofertar a opção no segundo semestre de 2023 — o que não aconteceu.
FGTS Futuro
Aprovado por unanimidade pelo Conselho Curador, o
FGTS Futuro regulamenta o parágrafo 27, do Artigo 20, da Lei nº 8.036, de 1990. Desde 2022, a legislação estabelece que os valores disponíveis em contas vinculadas podem ser movimentados a critério dos titulares das mesmas, mediante autorização manifesta no contrato de financiamento.
Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, quem quiser usar o FGTS Futuro vai informar o banco no qual fará o financiamento imobiliário e os valores serão transferidos de forma automática pela Caixa. Mas é preciso esperar a publicação das regras pelo banco federal para ter mais detalhes de como o processo vai funcionar.
O InfoMoney afirmou que “a matéria será regulamentada pelo Conselho Curador do FGTS e, quando aprovada, a Caixa divulgará os procedimentos.
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