Desde o dia 19 de novembro, as redes sociais da Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP, estão engajadas na nova campanha da entidade contra a violência às mulheres. A ação, intitulada “Mulheres sem Dor”, reúne vídeos com depoimentos de mulheres atuantes na pauta, como Luiza Brunet, do Conselho Superior Feminino (Confem) da Fiesp, Beatriz Accioly, do Instituto Avon, Cleide Vitorino, da Zumbi dos Palmares, Fabíola Sucasas, do Ministério Público de São Paulo, Luiza Eluf advogada e escritora, e Marta Livia Suplicy, presidente do Confem. A ação conta também com depoimentos de vítimas de violência. A Contratuh tem lá a sua representante, Maria Hellmeister, integrante do Conselho Superior Feminino da Fiesp.
“Mulheres sem Dor” faz parte da iniciativa 21 dias de ativismo, uma campanha internacional iniciada em 1991 por integrantes do Centro para Liderança Global das Mulheres. No Brasil, a iniciativa começou no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher preta, e termina em 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os dados nacionais mostram um triste cenário para as mulheres com impacto, inclusive econômico, o que torna o debate sobre o tema ainda mais importante no meio industrial e empresarial, ainda predominantemente masculino. O fim da violência contra a mulher, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), de 2021, representaria um incremento de R$ 214,4 bilhões no PIB brasileiro em 10 anos, gerando 2 milhões de empregos, com reflexos positivos na massa salarial e na arrecadação do governo.
No âmbito da violência doméstica, mulheres vítimas dessa realidade faltam, em média, 18 dias de trabalho por ano, resultando em uma perda anual de cerca de R$ 1 bilhão para o país. Essas mulheres enfrentam, também, problemas de concentração e estresse relacionados ao trabalho, como aponta a Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em colaboração com o Instituto Maria da Penha.
Para Marta Livia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (Confem) da Fiesp, combater a violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva, promovendo respeito, segurança e direitos. “Convido todos a se engajarem na campanha e acompanhar depoimentos e informações nas redes sociais da Fiesp”, diz Marta Lívia.
Luiza Brunet, atriz e membro do Confem, salienta a importância de identificar os tipos de agressões como primeiro passo para combater a violência contra a mulher. “A informação e a divulgação são fundamentais para oferecer apoio a quem precisa”, ressaltou. Já Cleide Vitorino, mestre em direito e doutoranda em Função Social do Direito e Direito Constitucional, destaca a urgência de abordar a violência contra as mulheres negras que, segundo ela, enfrentam uma dupla discriminação, exigindo uma abordagem integrada para construir uma realidade mais justa e segura para todas.
Além de uma forte presença digital, com temas sobre os tipos de violência, feminicídio, violência contra as mulheres negras, formas de prevenção e violência empresarial, a ação se estenderá à exposição Feminicídio – Um Crime Contra a Equidade, programada para ocorrer de 21 a 23 de novembro na Avenida Paulista 1313, na calçada em frente à Fiesp, das 10h às 20h.
A campanha “Mulheres sem Dor”, que se estenderá até 10 de dezembro, é um chamamento para que todos se unam neste movimento, compartilhando informações, apoiando as vítimas e contribuindo para a construção de um país onde todas as mulheres possam viver em segurança.
Mulheres sem Dor – programação dos vídeos:
- 24/11 – Os tipos de violência – Luiza Brunet
- 28/11 – Termo Feminicídio – Luiza Eluf
- 4/12 – Formas de Prevenção à violência – Fabiola Sucasas
- 8/12 – Violência Empresarial – Beatriz Accioly
Tivemos ainda:
- 19/11- A Importância dos 21 dias de Ativismo – Marta Lívia Suplicy
- 20/11 – Violência contra as Mulheres Negras – Cleide Vitorino
Fonte: Agência Indusnet Fiesp, por Isabel Cleary.
……….